sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Agora eu era" a melhor tia do mundo

Oiê...


        "Agora eu era" ... Tempo verbal no qual a criança se permite ser o que bem entende! 
Dia de feriado foi dia de brincar com os sobrinhos e no mundo de faz de conta vale ser princesa, bruxa, fada ... Quem sou eu???


Nas fases propostas por Piaget o "agora eu era" é uma característica do estágio pré-operatório que vai dos 02 aos 07 anos. Nesta etapa a criança consegue transpor possibilidades do faz de conta e de maneira geral há uma confusão dos tempos verbais pois ele pensa no presente mas fala sobre si no passado. Também é a fase do egocentrismo e no que se refere ao raciocínio as crianças falam com base na experimentação sem ainda chegar ao raciocínio indutivo. 

A importância do faz de conta para as crianças desta fase esta especialmente na possibilidade de sublimar pois elas passam a substituir o objeto real por sua representação ... consideramos isso como o surgimento da função simbólica. Ou seja: a criança pode pegar uma caixa de fósforos e usá-la como sendo um carrinho ou avião; pode colocar um lençol amarrado no pescoço e ser esta a capa do super-homem ou ainda pode ser uma princesa com uma coroa de papel ... dar margens a imaginação me lembra Toquinho na música Aquarela quando diz "e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo, corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva e se faço chover com dois riscos tenho um guarda chuva"



"Agora eu era"  a melhor tia do mundo !!!!




quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um grande Pessoa

Oiê ...

Hoje queria falar um pouco de Fernando Pessoa...

Na viagem que fiz nas últimas férias dei um pulinho em terras lusitanas ... Comi um bom Bacalhau, degustei Pastel de Belém, comprei um Porto que traz o sobrenome da minha família "da Fonsêca" ... Bom ter ido resgatar parte da minha história!



Mas o que mesmo me encantou foi ir no Mosteiro do Jerónimos onde esta sepultado o ilustre escritor ...


À beira do leito de morte Pessoa registra em inglês uma das suas últimas frases: 

"I know not what tomorrow will bring" ("Não sei o que o amanhã trará")

O que me encanta nele é a possibilidade de ser outros, com vida e história própria ... Cada um à seu tempo, no seu lugar ... chega e diz ... se faz gente, se faz homem em outros eus.

Dando enfase a intelectualidade Pessoa (re)inventa um estilo ... e me encanta! 



quarta-feira, 29 de maio de 2013

Lançamento do Grupo de Pesquisa, o EPIS - Educação, Política, Indivíduo e Sociedade


Oiê ...

Recebi de uma amiga e gostei muito deste grupo ... certamente amanhã o "Fuxicando com Milla" se fará presente neste lançamento visto que a priori as ideias trazidas parecem convergir ...



Lançamento público do Grupo de Pesquisa, o EPIS - Educação, Política, Indivíduo e Sociedade: leituras a partir da Pedagogia, da Psicologia e da Filosofia.

O ponto de partida da criação deste grupo é o desafio posto pelos problemas vivenciados na educação básica e superior, entre eles, a ausência de valores públicos, a funcionalização da educação pelo mercado, a perda de reconhecimento social da instituição educacional e a responsabilização de indivíduos por dificuldades que de fato extrapolam o âmbito individual. Entende-se que essa situação compromete a qualidade da educação, o que exige uma análise e um estudo mais profundos no que tange às concepções de educação, aos compromissos da instituição educacional, ao papel das políticas públicas e dos atores sociais e ao lugar da educação na sociedade contemporânea. Este grupo de pesquisa tem por objetivo realizar estudos que analisem criticamente aspectos fundamentais da educação a partir da participação de diferentes áreas, especialmente a pedagogia, a psicologia e a filosofia. Tendo em vista a naturalização da experiência educacional e a perda do sentido ético-político da educação, procura-se, na interface das diversas ciências humanas, contribuir para a valorização das instituições de educação, dando relevância ao seu caráter público, gratuito, de qualidade, laico e socialmente referenciado para todas e todos. O grupo se propõe a pesquisar e discutir os fundamentos da educação, seus fins e princípios, sua responsabilidade política enquanto instituição pública, as relações pedagógicas e o significado da experiência no processo da educação. Nesse sentido, estuda temas e problemáticas relacionadas às responsabilidades da instituição educacional e à formação ética e cidadã, nas perspectivas pedagógica, histórica, filosófica e psicológica. Diante dos desafios enfrentados pela educação, como, por exemplo, os diversos fracassos escolares (sejam de indivíduos, da instituição ou de uma sociedade sem compromisso com o bem público), esperamos construir uma compreensão densa e profunda do fenômeno educativo e, se possível, buscar alternativas para os impasses enfrentados.

Data de Início: quarta-feira, 29 de Maio de 2013
Local: No Auditório I, da FACED.
Hora: 09 horas





segunda-feira, 27 de maio de 2013

Defesa de Ana Rita Ferraz

Oiê ...




Pois que o "Fuxicando com Milla" se fez presente na defesa de Ana Rita  Ferraz ...



Sob o título Variações da forma na cena educacional experimentação e corpos (im)possíveis a defesa mais pareceu um grande espetáculo ... em cena uma atriz que é bufão, que respira arte, que respeita a cena, que acolhe o sujeito aprendente e que dá voz e vez ao corpo ...


No seu próprio corpo o traçado do branco da sua diferença foi traçado de preto para destacar ... a sua boca que fala, que cala e que encanta, tomou um mal contorno vermelho ... Sim, mal contorno porque a forma muito enformada e formatada é para os fracos ... Ana é forte e seu batom pôde tomar um vermelho flamejante que extrapola parte da linha externa do seu lábio sem que isso se torne ridículo ... ela pode extrapolar pois sabe fazer isso de maneira sutil e com maestria ...

Ela articulou academia, filosofia, criança, bailarina, saber ... num corpo em forma de ensaio que se fez TESE ...

                                               A minha impressão: LOUCURA!!!!!

Os doutos se curvam ao seu escrito, adendos?! Quase que não são feitos!!!!





Poucos tem a possibilidade de escutar do Profº Doutor, Mestre, Soberano, Cabeção e Sabe Tudo Dante Galeffi sobre a tese:

"Poema, construído com base em experiencia própria numa conversa com os autores [...] Uma tese que vai além da forma tese de uma maneira ... De uma forma outra...de uma forma monstro belíssima que encanta pela capacidade de desvelar o oculto da alma humana."


Eu e o Profº Doutor, Mestre, Soberano, Cabeção e Sabe Tudo Dante Galeffi

De Alex Sandro ouvimos: "Ao ler Ana Rita me lembrou a leitura das Maquínas Desejantes de Deleuze ... Me deixei navegar pelo próprio texto ... é possível dialogar de tantos modos que fui buscando uma forma ..." 

Manoel Carlos na sua forma dançante de falar, e colocando o seu nariz dado em uma caixinha singela questionou o "puro" ... 

E assim se fez doutora após a permissão de seus pais ... chamados ao palco da vida que esta para além da academia ... nos fizeram derramar lágrimas, olho vermelho, cara inchada, sorriso no rosto ... Essa minha amiga é grande, é arte, é forma ... é de fato douta ...



E fecharam as cortinas ...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Fuxicando na defesa de Ana Rita Queiroz

Oiê ...



Eis que chegou o grande dia!!!!! O "Fuxicando com Milla" marcará presença na banca de defesa de doutorado de Ana Rita Queiroz ...


Amiga singular, dona de uma saber que me encanta ... Hoje Ana nos brinda com seu texto que a partir de agora torna-se público e encadernado para eternidade acadêmica!!!!

Aplausos ... a cortina se abriu .... o espetáculo iniciou ...
A grande protagonista está em cena!!!!

Levem sorrisos, lágrimas, sentimentos ao Jurandyr Oliveira... venham comigo deliciar-se com o que há de saber na academia!!!!



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Em Tempos de Ctrl+C e Ctrl+V onde fica a autoria?


Oiê ...

Hoje resolvi falar sobre o fenômeno contemporâneo do Ctrl+C e Ctrl+V ...

Nos últimos dias tenho me perguntado: Em Tempos de Ctrl+C e Ctrl+V onde fica a autoria? O sujeito ainda existe?

Tanto nos documentos escritos quanto na célebre frase: "faço dele as minhas palavras" venho percebendo que a capacidade crítica de alguns sujeitos esta dia a dia sendo esvaziada por traz do discurso do outro. Se mostram tanto nas redes sociais e quando de fato devem se 'amostrar', se escondem e escamoteiam o saber ...

Nos escritos os quais tenho acesso por conta da carreira acadêmica que escolhi - ainda que tenha na base a formação em Psicologia - não vejo por vezes a impressão digital do seu autor ... Uma enormidade de folhas do tipo "embromecion" e "enrolacion" me são entregues e ainda se fala em sustentabilidade e responsabilidade social ... Como assim?, fico a me perguntar!  

Desde que o homem alcançou o fogo e desde que a roda foi inventada muitas outras coisas vem sendo produzidas à partir deles .. mas são PRODUZIDAS e não apenas plagiadas ... sobre isso nesta minha caminhada (já de alguns anos na docência superior) tive a oportunidade de passar por uma situação faz algum tempo na qual estava corrigindo uma avaliação e a mesma foi na íntegra copiada de um artigo da web ... o verdadeiro Ctrl+C e Ctrl+V ... o mais interessante foi a tentativa de me me dizer: "Não, professora, veja bem ... etc etc " lembrei-me é claro da propaganda dos cimentos Poty ... Por um breve momento até me passou pela cabeça que o ilustre professor doutor do escrito da web poderia ter plagiado meu querido aluno ... mas logo voltei do devaneio!!! :) Veja bem que nada, meu caro aluno! Você pode até não responder a minha avaliação mas usar as articulações de outro na tentativa de ingenuamente me enrolar com palavras belas ... assim fica complicado ... foi o que disse de maneira gentil e educada inclusive dando uma nova chance para que ele pudesse refazer ou melhor de fato FAZER ... considerei esta uma atitude educadora ... Ou seria educativa????

Mas voltando às minhas considerações sobre a autoria penso que o sujeito tem sido obturado na contemporaneidade por uma convicção de que o outro tem a solução, ou melhor: Ele tem a força!!! Falar em nome próprio é desvelar e, a retirada do véu faz com que me mostre também nas minhas fragilidades ... vejo que neste momento social o que menos é enaltecido é mostrar a minha fragilidade ... Poucos são os que de fato se insurgem na possibilidade, na tentativa, na autoria das suas próprias vidas e em contrapartida dos seus próprios escritos ... 

Até mesmo nas redes sociais quanto às questões de autoria tenho compartilhado com alguns colegas de trabalho na academia sobre o fato de frases serem delegadas à alguns célebres pensadores de maneira equivocada e até porque não dizer grotesca ... 
Por exemplo, uma frase foi posta na epígrafe de uma dissertação como sendo de autoria de Sun Tzu que viveu  de 544 a.C. - 456 a.C. ... Além da frase ser de um autor contemporâneo ela foi datada como sendo do ano de 1940 ... Acho que todo o exército do general chines deve estar se debatendo em seus túmulos...

Até nisso? Me pergunto quem é o sujeito, de quem é mesmo a autoria???!!! 

Teria a Psicanálise algo a dizer sobre isso?


Penso que Melman quando fala da nova economia psíquica na sua entrevista a Jean-Pierre Lebrun publicada sob o título "O homem sem gravidade: gozar a qualquer preço" também se refere a essa falta de identidade. Até porque em um trecho ele refere sobre estarmos vivendo a perversão como uma norma social numa conotação clínica fundada na economia libinal. Ou seja, as relações sociais acontecendo na forma de servir ao outro de maneira que somos objetos descartados quando avaliados como insuficientes ... e tendo a concordar com o ilustre psicanalista pois vejo nos escritos aos quais me referi anteriormente que a identidade boa é a do outro ... 

Se posso metaforizar tudo isso que penso eu diria que: vou à clínica de cirurgia plástica para ficar com o nariz da Sharon Stone, com a bunda da mulher fruta da moda, a barriga de sei lá quem ... e eu quem de fato sou, se nada disso sou eu?!

Hoje esta é a minha incompletude ...




domingo, 19 de maio de 2013

Sexa por Luis Fernando Veríssimo



Oiê ...

Hoje trago mais uma de Veríssimo que me foi enviada por e-mail por Teresita uma amiga queridíssima!!!!! Valeu Tê!!!!!

Como ela sabe que no blog sempre tem espaço pra coisas da vida, poesia e arte certamente lembrou de mim ao ler "Sexa" ... Assim hoje, num domingo chuvoso vamos rir com Veríssimo ...

SEXA
Luiz Fernando Veríssimo
Pai........
- Hummmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É.Quer dizer,não.Existem dois sexos.Masculino e Feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino.Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino.A palavra "SEXO" é masculina.O SEXO masculino,o SEXO feminino.
- Não devia ser "A SEXA"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não!Desculpe.Porque não."SEXO" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É.Não!O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo.Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É.Quer dizer...Olha aqui.Tem o SEXO masculino e o SEXO feminino,certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não.Ou,são!Mas a palavra é a mesma.Muda o sexo,mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo.É sempre masculino.
- A palavra é masculina .
- Não." A palavra" é feminino.Se fosse masculino seria "o pal..."
- Chega!Vai brincar ,vai.
O garoto sai e a mãe entra.O pai comenta:
-Temos que ficar de olho nesse guri...
- Por quê?
Ele só pensa em gramática.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Fuxicando sobre WORKSHOP "RELAÇÕES E MARKETING NAS ATUAIS ORGANIZAÇÕES" parte II


WORKSHOP
"RELAÇÕES E MARKETING NAS ATUAIS ORGANIZAÇÕES"

DATA: 16 DE MAIO
LOCAL: UNICENID



PALESTRA: "AS CINCO GERAÇÕES EM UMA ÚNICA ORGANIZAÇÃO"

Convidada: Patrícia Jorge
Graduada em Contábeis
Empresária de Serviços - Sócia da H Jorge Consultoria e  RNC - Rede
Nacional de Contabilidade
Especialista em Gestão e Desenvolvimento Humano
Conselheira da ABRH - Associação Brasileira de Recursos Humanos
Presidente da SESCAP/Ba - Sindicato das Empresas de Serviços
Contábeis, Assessoramentos, Perícias, Informações e Pesquisa do Estado
da Bahia; Co-Autora do Livro "Gestão De Recursos Humanos para Serviços Contábeis"


Oiê ...


Dando continuidade às atividades complementares desta semana, Patrícia Jorge abrilhantou a noite falando sobre "As cinco gerações" ... Interessante pensar como os assuntos vão se complementando (Né, pessoal de do 3º semestre?!?!?!?!?)

                                                 Anne Peneluc, Patrícia Jorge e Milla Fonsêca

Nas nossas últimas aulas estávamos falando sobre liderança e ao escutar Patrícia fiquei pensando de fato sobre o choque de gerações dentro dos contextos sociais especialmente na escola e na academia ... Diante do fato do meu objeto de estudo ser a aprendizagem queria pensar melhor sobre estas gerações na interface com a dinâmica da sala de aula na qual professores e alunos estão por vezes em um espaço/tempo distintos. 

Há questionamentos sobre uso ou não de objetos tecnológicos dentre outras situações e, por experiência própria, acho que podemos fazer o bom uso de (quase) tudo em favor do aprender ... Enfim, fiquemos a pensar!!!!











quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fuxicando sobre o WORKSHOP: "RELAÇÕES E MARKETING NAS ATUAIS ORGANIZAÇÕES"



WORKSHOP

"RELAÇÕES E MARKETING NAS ATUAIS ORGANIZAÇÕES"


LOCAL: UNICENID


DIA 15/05/2013

PALESTRA: "MARKETING PESSOAL"

Convidado: Antonio César Mazzoni
Administrador
Especialista em Psicologia Organizacional
Com MBA Em Marketing e Gestão Empresarial
CEO da Empresa Imburana Inovação



Oiê ...


Ontem e hoje lá na UNICENID está acontecendo um workshop coordenado por mim e pela professora Anne Peneluc (nome mais chique, gente!!!)

O objetivo da atividade proposta pela coordenadora Eliana Pondé é que os alunos de Administração e Ciências Contábeis possam ter acesso a profissionais do mercado que tem excelência na área e podem, com isso, contribuir na formação acadêmica deles.

A primeira noite de atividade foi com Antonio César Mazzoni que falou sobre Marketting Pessoal, desmistificando situações, lembrando o histórico de marcas famosas e fazendo um paralelo com o tema central ... de modo sensível e descontraído Mazzoni abrilhantou a noite ...

Abaixo segue foto do nosso convidado com Anne recebendo o certificado de participação.



Obrigada Anne e Mazzoni pela troca de experiência!!!





quarta-feira, 15 de maio de 2013

Fuxicando sobre decisão do CNJ



Oiê ...

Hoje queria postar sobre uma notícia que vi hoje no site do UOL .... Faz algum tempo que o tema União Homoafetiva e casamento Gay esta em voga ... acho muito interessante pensar sobre isso pois, na clínica psicopedagógica tenho percebido que alguns pais vem pensando sobre o filho "ser gay" e tenho escutado muitas perguntas sobre isso ....

Às vezes as perguntas vem pois as crianças estão na educação infantil brinacando com todos os brinquedos que lhes é oferecido, ainda sem distinção de "isso é de menino" ou ainda "isso é de menina" ... especialmente os pais ficam muito inquietos com seus "machinhos" a brincar de panelinha, bonecas etc etc ...

Bem, o que tenho a dizer sobre isso é que as crianças passam por fazes do desenvolvimento em que na brincadeira elas podem expressar a forma como percebem o mundo ... de maneira geral através desta projeção no brincar percebemos muitas questões inclusive a Hora Lúdica é um momento terapêutico bem importante ... utilizo bastante tal técnica nos meus psicodiagnósticos ... enfim, tenhamos discernimento de "alhos e bugalhos" brincar de panelinha não quer dizer que necessariamente um menino será gay ou ainda que jogar bola terá a menina uma condição homossexual ...

Por fim, segue abaixo a reportagem da qual falei que penso ser uma decisão que irá mudar o olhar que temos sobre as uniões de pessoas do mesmo sexo ... Afinal, concordo com Milton Nascimento quando ele diz na música Paula e Bebeto:

"Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar"



Entenda o casamento gay em cartório


Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução nesta terça-feira (14).
Ato obriga cartórios a realizar qualquer tipo de união homossexual no país.

Rosanne D'AgostinoDo G1, em São Paulo

O que é
O Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle externo das atividades do Poder Judiciário, obrigou todos os cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Como é hoje
Não há uma legislação permitindo o casamento gay no Brasil. Hoje, os casais são amparados pela decisão do STF, que equiparou a união estável à dos casais heterossexuais, o que permitiria sacramentar uniões entre pessoas do mesmo sexo em cartório.
Motivo
Na prática, muitos cartórios continuavam negando o pedido dos casais alegando ausência de lei, mesmo após o entendimento do STF. Por isso, alguns Tribunais de Justiça, a quem estão subordinados, começaram a obrigar os cartórios a realizar as uniões, por meio de provimentos (instruções administrativas).
Brecha O que muda
Como os provimentos foram feitos somente em 12 estados e no DF, o CNJ decidiu fazer uma regra nacional. Agora, qualquer cartório é obrigado a realizar uniões estáveis, conversão de união em casamento civil e ainda o casamento civil, o que valerá a partir da publicação da resolução no Diário de Justiça.
Como a resolução não tem força de lei, ainda há a possibilidade de que cartórios continuem a se negar a realizar as uniões. O STF, no julgamento da causa, recomendou ao Congresso Nacional que aprovasse a legislação, mas o projeto de lei da senadora Marta Suplicy (PT-SP), prevendo os mesmos direitos de união aos casais homossexuais, foi encaminhado à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) do Senado em junho do ano passado. Desde então, aguarda análise. Além disso, a resolução ainda poderá ser questionada por mandado de segurança no Supremo.
União estável x casamento civil
Existem diferenças na formação, na extinção e no caso de morte de um dos companheiros.
Casamento
União estável
Início: é uma união formal, feita apenas por um juiz de paz ou de direito e gera uma certidão de casamento no registro, tornando as pessoas casadas no papel.
Início: é uma união duradoura, pública e contínua. Basta morar junto ou, morando separado, ter a intenção de formar uma família. Pode ser formalizada em um contrato no tabelionato de notas.
Estado civil: casados. São cônjuges para efeito do Código Civil e podem adotar o nome do outro.
Estado civil: continua solteiro, viúvo, divorciado.
Direitos: durante a relação são os mesmos estabelecidos no Código Civil, como plano de saúde, seguros de vida, pensão alimentícia e divisão dos bens adquiridos em caso de rompimento.
Separação e divórcio: são formais e realizados perante o Poder Judiciário ou com registro em cartório, se não há filhos.
Separação e divórcio: basta interromper a união, um dos companheiros sair de casa, por exemplo.
Morte: o companheiro fica em igualdade de condições com outros parentes, como os filhos exclusivos do outro cônjuge, na divisão da herança.
Morte: tem direito aos bens adquiridos durante a união, mas pode ter de recorrer à Justiça.
Judiciário x Legislativo
A polêmica sobre as uniões homossexuais chegou ao Supremo depois que muitos casais recorreram à Justiça para equiparar suas uniões às de casais heterossexuais, para dividir bens e adotar filhos, por exemplo. Na ausência de uma lei, o Judiciário vinha decidindo caso a caso, até que a Corte tomou a decisão final.

Como não cabe ao Poder Judiciário legislar, muitos cartórios podem rejeitando aplicá-la. Segundo o presidente do CNJ, seria "contrassenso" esperar o Congresso. Por isso, a resolução foi aprovada por 14 a 1.