sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Bem vindo a Budapeste!!!



Budapeste (em húngaro Budapest) é a capitalcidade mais populosa e principal centro financeirocorporativomercantil e cultural da Hungria. É a sexta maior cidade da União Européiae recebeu a classificação de cidade global alpha, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). Localiza-se nas margens do rio Danúbio e possui 1.740.041 habitantes, de acordo com dados de 2012 do Centro de Estatísticas Húngaro (Hungarian Central Statistical Office)

Há vários patrimônios mundiais que podem ser encontrados na cidade, incluindo o panorama do rio Danúbio, o segundo mais extenso da Europa, o Castelo de Buda, a Avenida Andrássy, a Praça dos Heróis e o Metropolitano de Millenium, o segundo mais antigo do mundo, após o de Londres. Budapeste possui ainda, o maior sistema de água termal do mundo.


Curiosidade:


"Chico Buarque ousou muito, escreveu cruzando um abismo sobre um arame e chegou ao outro lado. Ao lado onde se encontram os trabalhos executados com mestria, a da linguagem, a da construção narrativa, a do simples fazer. Não creio enganar-me dizendo que algo novo aconteceu no Brasil com este livro." 
 José Saramago, Folha de S.Paulo

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A bela Lisboa!!!!

Oiê ...

 

Bem, chegamos em Lisboa e hoje vamos passar o dia por aqui.

A cidade eu já conhecia mas cada vez que reencontramos um lugar o vemos de maneira diferente!!!

A noite embarcaremos para Budapeste!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

De malas prontas!!!!

Oiê ....



Mais uma vez o Fuxicando coloca as meias na mala e segue para o inverno Europeu...
Pois eh galera, hoje estou embarcando para uma incursão pelos caminhos psicanalíticos do Leste Europeu!!!

Vou tentar atualizar com fotos mas dia a dia vou falar um pouquinho dos países que vou percorrer nos próximos dias ...



Hoje passo a noite no avião mas amanhã já teremos novidades!!!!!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

E a Educação, como vai?

Oiê...

Me deparei hoje na internet com a imagem abaixo:

image

Ontem lendo algumas das minhas notas sobre o livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire fico a perguntar acerca da minha incursão na educação. Que parte me cabe neste latifúndio????

Acredito que "os combinados" acima fazem parte da roda de conversa de alguma classe de Educação Infantil ou Ensino Fundamental I mas o que me dá curiosidade é sobre quem esta por detrás destas letras.

Como podemos pensar um enquadre desta ordem no qual o autor(a) da obra parece-me não ter tanta noção léxica? Em contraponto, também penso se a supremacia léxica não afasta um saber que é instintual especialmente na construção do infantil...

Ainda não consigo chegar a uma conclusão quanto a um ser melhor do que outro. O que eu de fato me aproximo é da ideia freiriana de que "educadores e educandos não podem, na realidade, escapar à rigorosidade ética"      

Desta maneira encontrei o livro Preconceito Linguístico e depois que lê-lo passo aqui para falar mais sobre isso.



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Manifesto pela ocupação amorosa dos corações vazios - Por: André Gomes

Elena Romanova

                                                    Ilustração:  Elena Romanova

Manifesto pela ocupação amorosa dos corações vazios


E de agora em diante, fica estabelecido que todos os corações vazios, mal amados, partidos, abandonados ou tão somente subutilizados serão pacífica e amorosamente invadidos e ocupados pelo amor em todas as suas formas.
Sem paus e pedras e enxadas, mas com flores e música e presentes e simples declarações de apreço e cuidado, o amor tomará posse irrevogável de todo e qualquer coração devoluto. Banqueiros e bancários, construtores e operários, empresários, professores, artistas de rua, profissionais de toda sorte, adultos e crianças e velhinhos, todas as almas solitárias deste mundo! Preparem-se para ceder sem luta à chegada implacável do amor às terras férteis de seus corações.
Abram seus portões, escancarem as portas, liberem as janelas, prendam os cachorros e preparem a casa à visita permanente do amor operário, trabalhador, corajoso e simples. Ele vai chegar sem slogans ou passeatas, sem discursos, gritos de guerra ou enfrentamentos com a polícia. Vai surgir na hora mais silenciosa da noite, deitar ao seu lado e acordar com você na hora de ir ao trabalho, como se ali estivesse desde sempre.
O amor vai chegar assim, de manso, mas com o passo forte e a potência de um jato varrendo a craca dos rancores, a sujeira grossa dos maus pensamentos, a gordura acumulada das chateações diárias, da burrice, da inveja, da grosseria. Virá com a força mesma da vida, desobstruindo os canais da memória entupidos de morte. Virá alegre como o cão que reencontra o dono depois da eternidade de um dia inteiro sozinho em casa, à espera.
E então as preocupações ordinárias e mesquinhas farão as malas e deixarão os corações livres para viver em absoluto estado de ocupação plena pelas intenções e ações de um amor generoso, diário e vital.
Esse amor que acorda cedo e faz ginástica, que parece tão mais jovem do que de fato é, esse amor vai pintar as paredes da casa, mudar a posição dos móveis, vai matar a sede e a fome que restam, soltar os passarinhos de suas gaiolas ridículas, vai cuidar da horta no quintal e presentear os vizinhos com as verduras frescas. Esse amor vai florescer e perdurar e se esparramar pelas redondezas. Vai levar ao passeio diário os cachorros que vivem dentro de cada um de nós. Esse amor vai invadir em paz a nossa vida tão talhada para a guerra.
E quando as forças armadas de um coração já machucado se levantarem em defesa natural de sua estrutura, em puro e simples movimento de autopreservação, o amor estenderá sua mão pequena e linda, de unhas roídas e sem nenhum esmalte, e todas as armas cairão em silêncio. Então esse coração abrirá suas fronteiras à chegada irrefreável do encantamento amoroso e total, explosão de energia que nos leva ao encontro de quem somos, nos resgata da morte e nos devolve, sãos e salvos, à vida que é hoje, amanhã e depois um longo e eterno agora.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Comemoração entre amigos!!! Feijoada do Mar 2014

Oiê ...

Hoje foi dia de Feijoada do Mar ...


Aproveitei para comemorar o resultado da UFBA entre amigos!!!!
Muita animação, muita folia e #noesquenta pra viagem ...



@nandalebram, @sildeiro, @gabialmeida27

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Quando a notícia boa chega!!! #quevenhaodoutorado


Oiê ...


Hoje de fato foi um dia muito especial ... 
Após fazer seleção para Aluna Especial do Doutorado da Ufba eis que o resultado saiu!!!!

Passei em 4º lugar ... 

Acreditar na Educação é o que me faz persistir ... Penso que eu faço a diferença na vida dos meus alunos pois não apenas passo conteúdos cartoriais mas pensamos na vida.

A possibilidade doutoral que agora se inicia é a minha possibilidade de ampliar os meus Fuxicos dando outras formas à minha colcha.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Avaliação e Inclusão _ Palestra em Euclides da Cunha (Ba)

 Oiê ...


Estive em Euclides da Cunha para fazer uma palestra na atividade pedagógica proposta para o início do ano letivo de 2014.

O tema o qual fui falar foi: Avaliação e Inclusão.


Pensar o modelo de avaliar o aluno de Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II é de fato colocar em xeque a nossa prática educativa. 

Os modelos avaliativos penso que devam de fato avaliar no sentido de construir e mediar o saber.

Sem deixar de lado os marcos curriculares, os parâmetros e o contexto geral podemos e devemos ousar quanto a fazer da situação pedagógica um ato aprendente, no qual, de fato aluno-professor são um continum.

As diversas maneiras de fazer a sala de aula me encantam na possibilidade de reinvenção do lugar de mestria.
Apesar dos escritos de Marcelo Ricardo sobre o "mal-estar docente" gosto da metáfora da minha amiga Leide Antonino quando ela trata na sua dissertação do "bem-me-quer" ...

O lugar de encanto e gozo o qual ocupamos sendo docentes, por vezes nos faz fitar olhos em outras estruturas  as quais podem fazer o aluno ocupar o lugar de perversão - do não saber, do sem jeito, do retalho. Daí a minha metáfora ganhar força quando penso no (re)significar e na possibilidade de transformá-lo em fuxico belo e colorido.


Pensar sobre inclusão neste trabalho não foi restringir em termos de Educação Inclusiva mas, entender a inclusão como processo mais amplo o qual traz um olhar singular ... apesar de parecer contraditória tal assertiva...

Importante referir que o Município referido esta num momento político no qual os professores estão com muitas pautas de reivindicações e o ato democrático fez parte deste encontro.

Para quem um dia - apesar da pouca idade - foi cara pintada, ter na platéia professores vestidos (Literalmente!!!) pela causa da educação de qualidade me fez ratificar o pensar da EDUCAÇÃO ser  a base de tudo. Se desejamos um mundo melhor eu acredito que este é o caminho.

Não esqueçamos porém que podemos, devemos lutar pelos direitos MAS não esqueçamos dos DEVERES ...

Abaixo alguns exemplos de frases:




Como acredito que é no chão da sala de aula que fazemos a diferença, só tenho a agradecer a todos o enorme respeito com o qual me receberam e espero ter podido contribuir um pouco num pensar mais inclusivo.

Valeu galera!!!!!





segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ida pra Euclides da Cunha (Ba)


Oiê ...

Hoje coloquei o pé na estrada mais uma vez .... 


Fui dar minha contribuição na Atividade Pedagógica 2014 do município de Euclides da Cunha....

Durante a viagem fiquei a pensar em cada lugarejo que passava como era a vida das pessoas, o que faziam, como viviam e tive uma certeza: é na simplicidade que esta a felicidade!!!

Às vezes corro bastante para chegar ainda não sei exatamente onde ... mas, ver o sol se pôr da janela do carro me deu vontade de apenas sorrir pra vida sem pensar em mais nada!!!!


O XOTE DAS MENINAS - Luiz Gonzaga
Mandacaru
Quando fulora na seca
É o sinal que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É sinal que o amor
Já chegou no coração...

Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir timão...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...


Um (des)encanto FEDERAL



Oiê ...

Queria compartilhar com vocês uma situação muito chata que tive que encarar hoje...
Fui convidada por algumas pessoas especiais para participar da primeira reunião de 2014 de um "certo grupo de pesquisa".... OBS: Os nome não serão citados pois certamente eu me meteria em encrenca e, de verdade, não estou nem um pouco com vontade de processos.

Apesar de muitas atribuições que eu tinha dei total preferência a tal evento e desde às 7:30h cheguei ao local para tal reunião que, marcada para às 08h somente começou bemmmm depois disso...

Em meio a tantos sorrisos de boas vindas me senti muito acolhida mas, eis que estes sorrisos logo ficaram amarelos quando a "intitulada líder" me deu o banho de água fria. Sem pudor disse que somente deveria estar presente àqueles que fossem alunos regulares do programa. 

Isto não foi o grande problema mas sim, a forma e ainda o fato de ter falado sobre deslealdade com os outros alunos quanto a possibilidade de apresentar os pré-projetos antes que os 'outros' pudessem ter a mesma possibilidade. Me perguntei quem era ela para ser tão arrogante e pretensiosa. Que coisa mais imbecil!!!! Não me conhecia, não sabe da minha trajetória, nem mesmo o que de fato eu queria ali. Posso garantir que a minha participação no grupo era para contribuir e em momento algum pensei em tirar proveito no processo seletivo.

Estou concorrendo ao doutorado em tal instituição e os processos são incongruentes ... no ano de 2013 fui até a última fase da seleção, mas não fui selecionada pois não conhecia nem participava de nenhum grupo ... quando sou CONVIDADA - por uma querida professora - para participar do grupo "a tal líder" faz um papelão destes?!

É de gueto que se trata ... me senti no Apartheid ...

Dia a dia me desencanto com a academia por conta de "figurinhas" como esta que vivem numa HIPOCRISIA FEDERAL ... Ah, a mesma "líder" ainda se lamentou porque o programa corre o risco de ser descontinuado pela Capes .... Neste momento entendo mesmo ... talvez nas entrelinhas deste desligamento esteja o fato dela (pessoalmente) não ser "Qualis" o que reflete negativamente para todos os outros Grupos que desejam de fato um programa bem qualificado. 

Enfim ... a ela só tenho a dizer duas coisas:

"Aquilo que não me mata, só me fortalece!"
 Friedrich Nietzsche
e
"Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia construirei o meu castelo." 
Fernando Pessoa

Abaixo, segue o esboço (já que o original foi passado a limpo e entregue e o mesmo teve algumas alterações) de um pequeno bilhete que escrevi na hora da situação para a professora que me convidou e de quem tenho profundo carinho e admiração e, quem também no semblante mostrou-se um tanto incomodada com a má educação da "líder" afinal, como já dizia minha querida avó "roupa suja se lava em casa" e quando temos visitas devemos respeitá-las.

O meu (des)encanto

"Hoje dez de fevereiro de dois mil e quatorze talvez seja um dia marcado por um enorme desencanto. Sim, neste momento nem me cabe a escansão do termo.
Como pode alguém que trabalha com a formação de professores marcar a fala com um "bater a porta na cara de quem chega?". Me senti igual ao aluno taxado de fracassado pelo professor que não imagina a marca simbólica que ele causa. Me marcou e profundamente inclusive num pensar de este seria mesmo meu tempo/espaço.
O meu encanto caiu por terra; todos os sorrisos de boas vindas recebidos por pessoas muito carinhosas ficaram para mim amarelados. O que fazer agora: pedir licença e sair ou ficar?
Foi bom ficar! Fiquei e logo que você entrou o meu coração disparou, o meu coração se (re)encantou e brilhou pela afinidade que tenho pela sua poética que não me permite desistir.
Já dizia Guimarães Rosa que "não morreu, ficou encantado", mas parte do meu desejo foi assassinado, e a sangue frio, com um tiro a queima roupa. O que vou fazer com tudo isso de verdade ainda não sei mas gostaria de agradecer por me fazer me encantar. Quanto ao meu nariz quebrado pela porta colocarei um curativo e vou colocá-lo em outros lugares"  

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Baile de Carnaval - Praia do Forte


Oiê ...

Esse final de semana pude experimentar um final de semana muito especial na Praia do Forte ...
Definitivamente essa eh a minha praia ... gente bonita, sol, piscina ....bebidinhas geladas!!!

Merecido descanso!!!

MAGIA
LUIZ CALDAS

Magia mente de marfim pele de cetim
Pelos dourados ao sol sinto que sou um paiol
Pronto para explodir

Vida porque tu és assim se afasta sempre de mim
Como um peixe no mar a nadar

Com os seus olhos de lince serpente de emoção, ilusão
Enfeitiça o meu coração
A uma estrela do mar não se pode dizer não

Tempo seque logo o meu pranto
Acorde de novo o meu canto
Faça de mim uma estrela a brilhar

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ODOYÁ!!!


Oiê ...

Hoje o Fuxicando acorda reverenciando a "Mãe das Águas" ...

Gosto muito desta data pois, vejo a mistura baiana na praia do Rio Vermelho... Peles brancas e negras, cabelos lisos e crespos, homens, mulheres, crianças e velhos...gerações....vejo ainda católicos e adeptos das religiões de matrizes africanas colocarem ao mar suas oferendas pedindo saúde e outras coisas para o ano que se inicia ... vejo turistas encantados pela singularidade da festa e pela sutiliza e cuidado com o qual os balaios são preparados para ser entregues à dona dos mares ...

Neste dia me sinto mais baiana e renovo minha fé ... na beleza dos seus cabelos longos, na vaidade de ver-se ao espelho só faço dizer: Odoyá!!!




Mitologia

Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu.

Conta a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho, partiu para as suas conquistas; Oxossi, que se encantara pela floresta, fez dela a sua morada e lá permaneceu, caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela mundo.
Sozinha Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam seus destino e que não podia interferir na vida deles, já que os três eram adultos.

Comentava consigo mesma:
- Ogum nasceu para conquistar. É bravo, corajoso, impetuoso. Jamais poderia viver num lugar só. Ele nasceu para conhecer estradas, conquistar terras, nasceu para ser livre. Exu, que tantos problemas já me deu, nasceu para conhecer o mundo e dos três é o mais inconstante, sempre preparado surpresas; imprevisível, astuto, capaz de fazer o impossível, também nasceu para conhecer o mundo. Oxossi, meu querido caçula, bem que tentei prendê-lo a mim, mas no fundo sabia que teria seu destino. Ele é alegre, ativo, inquieto. Gosta de ver coisas belas, de admirar o que é bonito e é um grande caçador. Nasceu para conhecer o mundo também e não poderia segurá-lo...

Iemanjá estava perdida em seus pensamentos quando viu que, ao longe, alguém se aproximava. Firmou a vista e identificou-o: era Exu, seu filho, que retornara depois de tanto tempo ausente. Já perto de seu mãe, Exu saudou-a e comentou:
- Mãe, andei pelo mundo mas não encontrei beleza igual à sua. Na conheci ninguém que se comparasse a você!
- O que está dizendo, filho? Eu não entendo!
- O que quero dizer é que você é a única mulher que me encanta e que voltei para lhe possuir, pois é a única coisa que me falta fazer neste mundo!

E sem ouvir a resposta de sua mãe, Exu tomou-lhe à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, pois Iemanjá não poderia admitir jamais aquilo que estava acontecendo. Bravamente, resistiu às investidas do filho que, na luta, dilacerou os seis da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo", sumindo no horizonte.

Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokun e ao Criador, Olorun. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo, dando origem aos mares.

Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos Orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros, na corte.

Iemanjá que, deste modo, deu origem ao mar, procurou entender a atitude do filho, pois ela é a mãe verdadeira e considerada a mãe não só de Ogum, Exu e Oxossi, mas de todo o panteão dos Orixás.


IEMANJÁ

A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É Iemanjá que vai dar o sentido de "família" a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.

Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo).

Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião.

Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar.

Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família.
Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.

Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.

http://mariapadilhadasalmas.no.comunidades.net/index.php?pagina=1879048841