domingo, 31 de julho de 2016

Intervenção Psicoterapêutica de Medidas Ambientais - Organizando a vida do paciente

Oiê ...

Bem, hoje falo um pouco sobre a importância da Intervenção Psicoterapêutica de Medidas Ambientais para auxílio a um paciente ...

O quadro apresentado por um menino de 12 anos de idade, é de desorganização e dificuldade de aprendizagem ... Após avaliação psicológica e também com o uso de instrumentos específicos para identificação do padrão de aprendizagem, verifiquei que há necessidade de alguns alinhamentos ambientais para facilitar a rotina estudantil ... 

Diante disso, estamos redimensionando os materiais escolares dele ... quanto ao caderno, fizemos juntos a separação colorida das disciplinas para que fiquem mais fácil visualizar as divisórias ... agora cada disciplina tem uma cor e toda a escolha das cores, da ordem etc etc foi feita por ele o que gera um significado afetivo e, colocando o sistema límbico para funcionar as coisas são melhor fixadas ...  


O tema do caderno também foi importante ...Enfim, ainda estamos no caminhos mas os resultados já vem sendo apresentados ...



sábado, 30 de julho de 2016

#souumalatinha

Oiê ...

Passei ontem e hoje pensando sobre como se sente uma latinha ao ser reciclada????!!! Isso mesmo, sou um tanto insana!!!!


Qual será o sentimento dela???? Voltei à minha infância ... totalmente presa no personalismo!!!!

De fato creio que o sentimento seja de voltar a ser útil ... assim me senti na aula que assisti de Dr. Ivan Araújo (Psiquiatra Da Infância) ... Foi uma sexta e um sábado com muita informação (re)leitura de velhos/novos conceitos ... lembrei diagnósticos, psicofarmacologia, exemplos e saí emprenhada de ideias, numa espécie de síndrome do pensamento acelerado ...

Foi muito bacana compartilhar com a turma este momento no qual saio do lugar de Tutora e ocupo o mesmo lugar aprendente ... Obrigada meninos!!! Vocês foram uns lindos em me acolher ...

                               



A Ivan só tenho a reverenciar ... este de fato é o cara!!!!

No mais é acomodar e assimilar como diria Piaget, já que sou agora uma latinha reciclada!!!!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

E hoje visitamos as estrelas!!!

Oiê ...

Bem, hoje foi dia de visitar as estrelas ...

Utilizei para isso o cortador de estrelas, papéis coloridos e cola branca ... diferente do trabalho já postado (Foto 1) o paciente de hoje tinha que separar as estrelas por cores, criar uma sequência, usar o dedo indicador para colocar cola nelas e, colar as estrelas coloridas na ordem crescente dos números impressos  ... interessante que esta colagem teve para este paciente um grau razoável dificuldade pois, ele tem questões psicomotoras significativas e um considerável atraso cognitivo e psicomotor para a idade cronológica.

Quando em sala de aula falo da importância do PTI é exatamente para isso ... O Plano Terapêutico Individual faz com que consigamos fazer atividades compatíveis com os objetivos traçados para cada paciente ...


Foto 1                                                                           Foto 2



terça-feira, 26 de julho de 2016

Mais uma atividade Psicoterapêutica!!!

Oiê ...

Hoje vou falar um pouco da atividade que fiz com um paciente usando o livro Piratas da Ciranda Cultural.


Este material tem imagens com detalhes e, ao lado quais são o objetos a serem achados.
Interessante que os objetos são listados em ordem crescente, o que dá para trabalhar números, ordem crescente, decrescente ...

Usei para marcar os objetos achados botões coloridos e com isso trabalhei psicomotricidade ...


 Após o uso dos botões fizemos a contagem da quantidade, a organização em formato de escala crescente dos botões usados, e após isso o pareamento com os numerais. Este paciente apresenta dificuldades de atenção/concentração e também déficit cognitivo.

O trabalho teve uma boa aceitação pois, traz o desafio e a curiosidade e como mote e toda criança gosta de um trabalho lúdico e colorido!




segunda-feira, 25 de julho de 2016

Sabe porque eu sou Coach?

Olá ...





Hoje o trabalho que desenvolvo através do Coach tem auxiliado os clientes em vários sentidos ... Assim, através de reflexões poderosas podemos:

• Identificar o propósito de vida de cada cliente e, ampliar sua visão de futuro;
• Auxiliar o cliente a definir o próprio caminho de sucesso e administrar melhor as emoções;
• Reconhecer quais são os valores essenciais para o cliente de modo que ele obtenha equilíbrio entre as principais áreas da vida através do autoconhecimento;
• Contribuir para mudança dos hábitos negativos ampliando os pontos fortes.



Venha desfrutar dos benefícios deste trabalho!



sábado, 23 de julho de 2016

Minha Maleta de Trabalho!!!!

Oiê ...

Hoje passo aqui para mostrar mais uma ferramenta de trabalho!!!


Esta é minha caixinha rosa ... nela tenho algumas ferramentas que vêm auxiliando no processo de autoconhecimento!!!

O objetivo destes recursos é auxiliar o cliente em pensar soluções para situações as quais ele próprio se sente perdido!!!







sexta-feira, 22 de julho de 2016

Brincar é bem estar!!!


Oiê ...

O bom das férias é poder fazer coisas que não são possíveis na rotina de trabalho!!!!
Acabei de assistir o bem estar e o tema de hoje foi sobre a importância do brincar para saúde!

Nos últimos dias tenho postado bastante sobre isso ...


Considerando que saúde é o bem estar "bio-psico-socio-espiritual" o brincar é estruturante exatamente por trabalhar várias áreas cerebrais e, as sinapses são fundamentais neste processo ...

Observem que dados atuais apresentados dizem que 82% das crianças usam celular para jogar e 32% usam tablets ... A pergunta então que faço: Onde fica o corpo, a criatividade e as relações interpessoais?




Devemos ser parcimoniosos porque o uso de jogos tecnológicos também é importante ... ou seja a palavra chave é EQUILÍBRIO ... 

Proporcionar  momentos de jogos de tabuleiro, brincadeiras corporais, atividades de atenção e concentração etc etc devem ser balanceadas com  uso de celulares, tablets e videogames ...

                                                                           #ficadica





História em Caixinha - material psicoterapêutico

Oiê ...

Mais uma atividade com o uso da caixinha de histórias ... 
Este material de fato permite trabalhar também as habilidades verbais ...


A paciente usou a segunda parte da história para contar que após as amiguinhas entrarem no filme elas viraram uma linda bailarina ...

Estavam disponíveis para o uso: lápis de cor, hidrocor, giz de cera, cola, tesoura, pedaços de EVA e também de papel crepom ... 

Olha aí o produto ...


Além da habilidade verbal trabalhamos também: Coordenação motora fina e psicomotricidade, cores, quantidades e organização espacial. Tudo isso potencializando as habilidades cognitivas.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Você está disposto a sair da zona de conforto?


Oiê ...

Hoje queria pensar com vocês sobre as cadeiras das nossas vidas ... Por vezes reagimos às situações e ficamos presos à zona de conforto ... este lugar nos faz parar como na imagem abaixo ...

Saber o que nos imobiliza torna-se importante no processo de autoconhecimento. Trabalhar em cima dos gaps corrigindo os nossos pontos limitantes é o caminho do sucesso. Redimensionar a visão distorcida da realidade e perceber as consequências dos vieses fará com que tenhamos ações efetivas ...

Isso é Coaching ... Se quiser conhecer melhor e se tiver disposto para sair do ponto A para o ponto B ...
Me procure:

Ludmilla Fonsêca - Life Coach
Rua Recife, nº115, Jardim Brasil - Barra
Salvador - Bahia
Contato: +55 (71) 3247.6588 


Criatividade - A importância da construção de histórias

Oiê ...

Hoje trago mais um pouco da minha prática ...

Faz alguns uns sessenta dias que finalizei a formação de Analista de Comportamento de Perfil Comportamental (Solides LCC/EUA) e acabei conhecendo alguns materiais bem bacanas ...

Esta é a caixinha "A fantástica fábrica de histórias para crianças 2" com ela podemos de fato usar a imaginação .. Trabalhar a criatividade, a imaginação e o jogo simbólico são de enorme importância para formação da criança ...

Usei com uma paciente o material de modo que ela sorteou uma carta e após isso teve que criar o resto da história através de desenhos ...


Olha aí o resultado - usamos além de desenho EVA para fazer os detalhes ... importante lembrar que cada história contada pode ou não ter a ver com as questões subjetivas ... para avaliar certinho precisamos escutar as entrelinhas do discurso e, fazer articulações com diversas ferramentas avaliativas ...
Este material está disponível na site da Editora Matrix, em outros site de livrarias e, para quem é de Salvador tem lá no LarPsi do meu amigo Bruno Vieira ...
#ficadica



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Passeio de Foguete - mais uma viagem psicoterepêutica

Oiê ...

Bem, hoje fui passear de foguete com uma pacientezinha muito fofa!!! 
Nosso foguete foi passando e, deixou um rastro bem bacana de estrelinhas ...

Como essa paciente apresenta dificuldades de concentração por ter um estilo atípico de funcionamento comportamental o foco tem sido trabalhar algumas funções com vistas em aumentar seu tempo de atenção concentrada e atenção focada.


Atividade impressa disponível no www.createinthechaos.com

A atividade:

- Primeiro foram apresentados os materiais e fomos nomeando eles (com isso trabalhamos a ampliação do repertório verbal),
- Colocamos tudo em cima da mesa e organizamos o que iríamos usar (para a paciente planejamento e organização é muito importante e fazem parte da condição de atenção)
- Após a organização criei uma seriação de forma que ela teria que seguir, duas bolinhas de papel crepom e um pedacinho de EVA (aqui trabalhamos a atenção pois, o estímulo era alternado e também a psicomotricidade e coordenação motora fina)
- Por fim, foi feita a pintura do foguete.


Este foi o produto final ...

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE:
A paciente ficou concentrada por cerca de 40 minutos. O uso da coordenação motora fina foi sendo mediado para melhor adequação motora.
Depois do material pronto trabalhamos ainda quantidade de bolinhas coladas, quantidade de pedacinhos de EVA, cores utilizadas e quantidade total de estrelinhas preenchidas ...

O tempo de concentração do trabalho potencializou estímulos cognitivos que auxiliam a paciente nas atividades escolares.

E, foi isso!!!!


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Livros como recurso psicoterapêutico

Oiê ...



Hoje quero falar do uso de livros como recurso terapêutico ... Este livro é da Ciranda Cultural

Trabalhei este recurso com uma paciente que apresenta dificuldades escolares com objetivo de avaliar a atenção focada e atenção seletiva além da concentração. O livro traz uma cena e dela estão dispostos objetos os quais temos que achar. Para que fiquem marcados os objetos achados usei botões coloridos e desta maneira aproveitei para trabalhar a coordenação motora fina ... O que percebemos é que um livro pode ser um excelente recurso e, com ele podemos trabalhar várias habilidades cognitivas.


Para que é de Salvador até o dia 02 de Agosto esta Editora está vendendo os exemplares no Shopping Barra. Os preço estão bem acessíveis!!! Este mesmo custou 10,00 reais ... Confiram por lá!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Construção de Materiais para uso Clínico

Olá ...



Uma das formas de inovar nos atendimentos clínicos é a construção de materiais de acordo com a demanda do paciente ...

Tenho aproveitado as férias das faculdades em que dou aula para me dedicar um pouco a isso ...
aos pouquinho irei postando algumas coisas por aqui .... Prometo ter mais disciplina com o blog !!!!



 Ambas as atividades tem por objetivo trabalhar quantificação ... a primeira foi feita com cortador em formato de estrela, papel colorido e foi plastificada para garantir a durabilidade ... depois foram feitos cartões com as quantidades para o paciente fazer as correlações de números e conjuntos de estrelas. Colei nos palitos coloridos para ficar mais 'bonitinho' ...


Esta atividade, como dito, também tem por objetivo trabalhar  quantificação e treino cognitivo ... além disso com o uso de pregadores para serem presos no papel trabalharemos também a psicomotricidade, coordenação motora fina .... usei papel especial que já vem com as ilustrações aqui em Salvador, comprei na IOX .. colei então adesivos diversos de forma que formassem uma sequência ...

Fica aí a dica ... sobre o custo: cerca de 5,00 reais para construir os dois ...

terça-feira, 12 de julho de 2016

Eliane Brum Fala do Despreparo da Geração mais Preparada

Oiê ....

Hoje vou repostar uma reportagem muito bacana da Eliane Brum ...
Vamos pensar ...

Eliane Brum Fala Do Despreparo Da Geração Mais Preparada

“A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada”
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?
Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.
Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.
A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.
Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.
Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.
Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.
Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.
O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.
Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.
Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.
Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.
Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçdo porque um dia ela acaba.”

(Eliane Brum)

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Construção de Materiais Terapêuticos

Oiê ...

Hoje aproveitei o tempo para construir alguns materiais ...


Nos últimos dias estive pesquisando materiais para usar no consultório ... resolvi que estava de férias e ia usar a criatividade para produzir algumas coisas personalizadas.

Vamos lá:
Este jogo que fiz imita o "Lince" ... um tabuleiro com imagens para a criança achar os personagens.

Usei papel, adesivos e caixinha de brigadeiros. Estas caixinhas são aquelas vendidas para festas infantis. Quando dobramos ela toda, a imagem fica escondida.

Aproveitei para numerar cada uma delas para ampliar a possibilidade de uso do recurso.

O que o recurso trabalha?
- trabalha atenção e concentração através da escuta do nome dos personagens e associação/reconhecimento das destas;
- trabalha quantificação pois, atrás de cada imagem tem o número correspondente com isso podemos trabalhar seriação, conceitos de antecessor e sucessor dentre outros.

O próximo passo será fazer outro com letras, números outras imagens etc etc ....

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Fui às compras :)

Oiê ...


Hoje resolvi fazer compras de eletrodomésticos com um paciente!!!!
:)
Trabalhamos primeiro com a identificação de figuras iguais o que ajuda no processo operatório ... depois relacionamos os itens ... A dificuldade desta atividade estava em reconhecer os itens já que tinham imagens parecidas com valores iguais, desta maneira, trabalhamos atenção e concentração!

Depois disso, escrevemos os números pois, este paciente tem 06 anos e ainda apresenta inconsistência em diferenciar letras e números.

Aproveitei para trabalhar questões na área linguística já que ele também apresenta dificuldades nesta.

A psicopedagogia trabalha a articulação das funções cognitivas e emocionais ... A evolução do paciente depende da dedicação, criatividade e respeito ao seu ritmo.

Com recursos diversos podemos fazer muita coisa bacana!!!!

Coaching Educacional!!!!

Oiê ...

Mais um fuxico hoje!!!!

Ficaram prontos os panfletos ..... Vamos que vamos!!!!