As férias escolhidas me levaram para uma cidade que inspira cultura por exemplo nas artes lembro-me Pissarro e Molière, na filosofia Pierre Bourdieu e Auguste Comte, na música Édith Piaf.
Na religião que me responde muitas dúvidas como não pensar em Allan Kardec ...
Estar em Paris me inspirou em pensar na Psicanálise ...
Logo fico aqui tentando me reportar à época de Lacan !!!
Num misto de devaneio e com esse meu jeito brincante quem sabe não o encontro deliciando-se com um crepe e degustando um bom vinho ... (rs)
Na realidade estou buscando alguma referência de onde ele esta enterrado mas, até o momento não consegui identificar ...
Na realidade estou buscando alguma referência de onde ele esta enterrado mas, até o momento não consegui identificar ...
Como este blog tem a intenção de fuxicar coloco mais esta trouxinha colorida contando um pouco da história deste Psicanalista e falando também coisitas da sua teoria.
(Paris, 13 de abril de 1901 —
Paris, 9 de setembro de 1981) foi um psicanalista francês.
Formado em Medicina, passou da
neurologia à psiquiatria, tendo sido aluno de Gatian de Clérambault. Teve
contato com a psicanálise através do surrealismo e a partir de 1951, afirmando que os
pós-freudianos haviam se desviado, propõe um retorno a Freud. Para isso,
utiliza-se da lingüística de Saussure (e posteriormente de Jakobson e Benveniste)
e da antropologia estrutural de Lévi-Strauss, tornando-se importante figura do Estruturalismo.
Posteriormente encaminha-se para a Lógica e para a Topologia. Seu ensino é
primordialmente oral, dando-se através de seminários e conferências. Em 1966
foi publicada uma coletânea de 34 artigos e conferências, os Écrits (Escritos).
A partir de 1973 inicia-se a publicação de seus 26 seminários, sob o título Le
Séminaire (O Seminário), sob a direção de seu genro, Jacques-Alain Miller.
SOBRE A PSICANÁLISE DE LACAN
Sua primeira intervenção na
psicanálise é para situar o Eu como instância de desconhecimento, de ilusão, de alienação, sede do narcisismo. É o momento do Estádio do Espelho. O
Eu é situado no registro do Imaginário, juntamente com fenômenos como amor
e ódio. É o lugar das identificações e das relações
duais. Distingue-se do Sujeito
do Inconsciente, instância simbólica. Lacan reafirma, então, a
divisão do sujeito, pois o Inconsciente seria
autônomo com relação ao Eu. E é no registro do Inconsciente que deveríamos
situar a ação da psicanálise.
Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante. Lévi-Strauss
afirmava que "os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o
significante precede e determina o significado”, no que é seguido por
Lacan. Marca-se aqui a autonomia da função simbólica. Este é o Grande Outro
que antecede o sujeito, que só se constitui através deste - "o
inconsciente é o discurso do Outro", "o desejo é o desejo do
Outro".
O campo de ação da psicanálise
situa-se então na fala, onde o inconsciente se manifesta, através de atos falhos, esquecimentos, chistes e de relatos de sonhos,
enfim, naqueles fenômenos que Lacan nomeia como "formações do
inconsciente". A isto se refere o aforismo lacaniano "o inconsciente é
estruturado como uma linguagem".
O Simbólico é o registro em
que se marca a ligação do Desejo com a Lei e a Falta, através do Complexo
de Castração, operador do Complexo de Édipo.
Para Lacan, "a lei e o desejo recalcado são uma só e a mesma
coisa". Lacan pensa a lei a partir de Lévi-Strauss, ou seja, da interdição do incesto que possibilita a circulação do maior dos
bens simbólicos, as mulheres. O desejo é uma falta-a-ser metaforizada na interdição edipiana, a falta
possibilitando a deriva do desejo, desejo enquanto metonímia. Lacan articula neste processo dois
grandes conceitos, o Nome-do-Pai
e o Falo. Para operar com este campo, cria seus Matemas.
É na década de 1970
que Lacan dará cada vez mais prioridade ao registro do Real. Em sua tópica de
três registros, Real, Simbólico e Imaginário, RSI, ao Real cabe aquilo que
resiste a simbolização, "o real é o impossível", "não cessa
de não se inscrever". Seu pensamento sobre o Real deriva primeiramente
de três fontes: a ciência do real, de Meyerson,
da Heterologia,
de Bataille, e dos conceitos de realidade
psíquica e de pulsão, de Freud. O Real toca naquilo que
no sujeito é o "improdutivo", resto inassimilável, sua "parte
maldita", o gozo, já que é "aquilo que não serve para nada". Na
tentativa de fazer a psicanálise operar com este registro, Lacan envereda pela Topologia, pelo Nó
Borromeano, revalorizando a escrita, constrói uma Lógica da Sexuação
("não há relação sexual", "A Mulher não existe"). Se grande
parte de sua obra foi marcada pelo signo de um retorno a Freud,
Lacan considera o Real, junto com o Objeto a ("objeto
ausente"), suas criações.
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