Hoje vou falar um pouco sobre o trabalho da Carmem Carvalhaes ... Inicialmente quero destacar que achei o mesmo de uma beleza estonteante ... não conhecia sobre Genograma Psicanalítico e esta foi mais uma das minhas aulas particulares nos engarrafamentos entre as idas e vindas ... kkk
Carmem Possui Graduação em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - Brasil. Tem Especialização em Psicologia Clínica - Teoria Psicanalítica pela COGEAE-PUC.SP e atua na área de Psicologia Clínica, com ênfase em Intervenção Terapêutica. É mestranda em Psicologia Clínica no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
No destaque Carmem Carvalhaes e Tahmy Ayouch
O trabalho dela tem por título "Os nomes plantados nas árvores genealógicas". Já no primeiro parágrafo Carmem nos mostra a sutileza da sua pesquisa quando refere:
"Antes mesmo da concepção, um filho é idealizado, amado e inscrito na história familiar. A ele será dado um nome, e tal como um talismã, estará com ele até sua morte, o representará, falará de si e para si. Esse talismã poderá ser da sorte ou não; ser referente à sua autonomia (auto – próprio, nomia – nome), seus desejos e realizações, como poderá também ser uma corrente amarrada aos seus pés, alienante e presa a um outro, ou a uma outra história".
Apesar de já ter escutado falar sobre árvore genealógica e ainda nos estudos da psicanálise ter compreensão da importância do nome ainda não havia lido algo que me instigasse tanto à esta temática. Na continuidade do escrito, Kaës é trazido para falar da psicanálise vincular de modo que Carmem cita:
“...o vínculo é o movimento mais ou menos estável dos investimentos, das representações e das ações que associam dois ou mais sujeitos para a realização de alguns dos seus desejos” (Kaës, 2011, p.159).
Sobre o genograma psicanalítico é citado o trecho abaixo:
“O desenho do genograma é, em minha abordagem de terapia familiar psicanalítica, já acolhido como uma projeção inconsciente da imagem inconsciente do corpo familiar, ao qual chamo o corpo psíquico genealógico” 2 (Benghozi, 2007, p.7).
Após a escrita teórica Carmem faz a descrição metodológica da sua coleta de dados e novamente os casos apresentados encantam. A saber quando ela diz:
"A análise do genograma foi psicanalítica, onde os comentários feitos durante o genograma eram tomados como associação livre. Além disso, troca de nomes, erros dos traços foram vistos como atos falhos. Juntamente com a entrevista, o genograma nos ofereceu dados inconscientes das gestantes a respeito de suas histórias geracionais, bem como do lugar do bebê no legado geracional".
Por fim, a pesquisa é apresentada no seu andamento e estou bastante curiosa para o escrito final após ter tido oportunidade de compartilhar esta escuta.
A Carmem fico grata pelas conversas "paralelas" e pelas aulas intensivas de psicanálise numa transmissão avessa a qualquer aprisionamento acadêmico e certamente fora dos muros institucionais.
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