FUXICANDO com Leide na ANPED |
Leide Antonino, Demerval Saviani e Marta Shuare (35ª ANPED) |
Nascido em 25 de dezembro de 1943 em
Santo Antonio de Posse, comarca de Mogi Mirim, no interior do Estado de São
Paulo. Estudou nas instituições Grupo
Escolar de Vila Invernada – periferia de São Paulo, Liceu Salesiano São Gonçalo
– onde cursou o ginásio-, Seminário do Coração Eucarístico de Campo
Grande.
Em Aparecida do Norte
deu início à sua formação superior entre os anos de 1962 e
1963, no curso de filosofia
da entidade, e deu continuidade aos seus estudos na PUC-SP, inclusive
graduando-se em educação.
Atualmente é professor da mesma universidade na
qual se formou, além de desenvolver, desde sua formação até os dias atuais,
diversos projetos e pesquisa na área educacional, especialmente defendendo a
análise crítica dos conteúdos agregada ao ensino das matérias comuns da
escola.
Dermeval
Saviani é grande educador que vivenciou um período de mudanças no nosso país, a
exemplo da transição na educação durante a consolidação do período democrático
que vivemos na atualidade, acompanhando, além das transformações sociais, as
transformações na história da educação brasileira, acentuando os pontos
positivos e negativos que as modificações no processo educacional refletiram no
dia-a-dia, e teve uma visão progressista sobre a educação. Ele foi o fomentador
da teoria histórico-crítica que também é conhecida como crítico-social dos
conteúdos e tem como objetivo principal relação e transmissão de conhecimentos
significativos que contribuam para a inclusão social do
educando.
Através da
análise de algumas obras do autor, é possível perceber que embora este se mostre
otimista – apresentando soluções para melhorar o sistema educacional no país, a
partir de uma análise histórica dos fatos -, Saviani apresenta sua obra de
maneira realista, destacando os erros de um sistema de educação que desde os
primeiros passos letivos foi corrompido e repleto de falhas, realizando um
paralelo entre a política e a educação.
Em suas obras, Dermeval Saviani apresenta a escola
como o local que deve servir aos interesses populares garantindo a todos um bom
ensino e saberes básicos que se reflitam na vida dos alunos preparando-os para a
vida adulta. Em sua obra Escola e
Democracia (1987), o autor trata das teorias da educação e seus problemas,
explanando que a marginalização da criança pela escola se dá porque ela não tem
acesso a esta, enquanto que a marginalidade é a condição da criança
excluída. Saviani avalia esses
processos, explicando que ambos são prejudiciais ao desenvolvimento da
sociedade, trazendo inúmeros problemas, muitas vezes de difícil solução, e
conclui que a harmonia e a integração entre os envolvidos na educação – esferas
política, social e administração da escola podem evitar a marginalidade,
intensificando os esforços educativos em prol da melhoria de vida no âmbito
individual e coletivo.
Através da interação do professor e da participação ativa do aluno a escola deve possibilitar a aquisição de conteúdos – trabalhar a realidade do aluno em sala de aula, para que ele tenha discernimento e poder de analisar sua realidade de uma maneira crítica -, e a socialização do educando para que tenha uma participação organizada na democratização da sociedade, mas Saviani alerta para a responsabilidade do poder público, representante da política na localidade, que é a responsável pela criação e avaliação de projetos no âmbito das escolas do estado e município, uma vez que este é o responsável pelas políticas públicas para melhoria do ensino, visando a integração entre o aluno e a escola. A escola é valorizada como instrumento de apropriação do saber e pode contribuir para eliminar a seletividade e exclusão social, e é este fator que deve ser levado em consideração, a fim de erradicar as gritantes disparidades de níveis escolares, evasão escolar e marginalização.
De fato, a escola é o local que prepara a criança, futuro cidadão, para a vida, e deve transmitir valores éticos e morais aos estudantes, e para que cumpra com seu papel deve acolher os alunos com empenho para, verdadeiramente transformar suas vidas.
A pedagogia tradicional trata a educação como a correção da marginalidade, e tem como função equalizar a sociedade; outra teoria abordada é a teoria tecnicista, que consta de propostas pedagógicas com enfoque sistêmico, buscando profissionalizar o aluno.
É possível perceber que em sua pesquisa, Saviani busca fomentar suas afirmações a partir de diversas fontes, consolidando assim seu pensamento e buscando transmiti-lo aos educadores que tem acesso à sua obra da maneira mais clara possível. A escola não resolve todos os problemas dos alunos, em contrapartida, pode compensá-los mostrando que eles são capazes de desenvolver seu intelecto e contribuir para a melhora da sua própria vida.
Através da interação do professor e da participação ativa do aluno a escola deve possibilitar a aquisição de conteúdos – trabalhar a realidade do aluno em sala de aula, para que ele tenha discernimento e poder de analisar sua realidade de uma maneira crítica -, e a socialização do educando para que tenha uma participação organizada na democratização da sociedade, mas Saviani alerta para a responsabilidade do poder público, representante da política na localidade, que é a responsável pela criação e avaliação de projetos no âmbito das escolas do estado e município, uma vez que este é o responsável pelas políticas públicas para melhoria do ensino, visando a integração entre o aluno e a escola. A escola é valorizada como instrumento de apropriação do saber e pode contribuir para eliminar a seletividade e exclusão social, e é este fator que deve ser levado em consideração, a fim de erradicar as gritantes disparidades de níveis escolares, evasão escolar e marginalização.
De fato, a escola é o local que prepara a criança, futuro cidadão, para a vida, e deve transmitir valores éticos e morais aos estudantes, e para que cumpra com seu papel deve acolher os alunos com empenho para, verdadeiramente transformar suas vidas.
O ENSINO – CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS TEORIAS NÃO
CRÍTICAS DA EDUCAÇÃO E TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS E A FUNÇÃO DO
ENSINO
Ainda na obra Escola e Democracia, as teorias não
críticas da educação aparecem para fomentar o pensamento do autor acerca da
educação.
Em sua obra Escola e Democracia, Saviani busca
contextualizar as correntes pedagógicas, iniciando pela pedagogia tradicional,
que tem como objetivo organizar a escola e garantir a educação, que é um direito
de todos e dever do estado, transformando os estudantes em cidadãos, que devem
assimilar o acervo cultural transmitido pelo
professor.
A pedagogia tradicional trata a educação como a correção da marginalidade, e tem como função equalizar a sociedade; outra teoria abordada é a teoria tecnicista, que consta de propostas pedagógicas com enfoque sistêmico, buscando profissionalizar o aluno.
Já as
teorias crítico-reprodutivistas não têm proposta pedagógica, e percebem a
escola, a educação e os personagens envolvidos no contexto como reprodutores das
desigualdades sociais e destaca o papel da escola enquanto aparelho ideológico
do estado, dividindo a burguesia e o proletariado.
É possível perceber que em sua pesquisa, Saviani busca fomentar suas afirmações a partir de diversas fontes, consolidando assim seu pensamento e buscando transmiti-lo aos educadores que tem acesso à sua obra da maneira mais clara possível. A escola não resolve todos os problemas dos alunos, em contrapartida, pode compensá-los mostrando que eles são capazes de desenvolver seu intelecto e contribuir para a melhora da sua própria vida.
O ensino
na concepção de Saviani significa produzir o saber, fazer com que aqueles que
fazem parte do processo consigam absorver os conteúdos e transformar o meio onde
vivem em um local com igualdade de oportunidades.
A APRENDIZAGEM
Fonte:google.com
Aprender é desenvolver a capacidade de processar
informações e organizar dados resultantes de experiências ao passo que se recebe
estímulos do ambiente. O grau de aprendizagem depende tanto da prontidão e
disposição do aluno quanto do professor e do contexto da sala de aula. Como
passo inicial o professor precisa verificar aquilo que o aluno já sabe por
procurar escutar e observar. O aluno por sua vez procura compreender o que o
professor tenta explicar. Quando ocorre a transferência de aprendizagem
significa que o aluno conseguiu sintetizar as informações e passou a ter uma
visão mais clara superando assim sua visão confusa e parcial.
Dermerval Saviani acredita que a escola deve lutar contra a seletividade,
a discriminação dos alunos, mas que o aluno também deve fazer sua parte, pois se
somente se considerar uma peça sem qualquer importância no sistema conseguirá
promover a mudança necessária para o bem de toda a sociedade e do próprio
sistema.
Saviani
alerta que, muitas vezes, o fracasso escolar é reflexo de fatores externos, tais
como saúde, nutrição, fatores psicológicos e cognitivos, bem como de ordem
familiar, e esses elementos contribuem negativamente para a absorção dos
conteúdos, mas há de se fazer chegar aos pupilos a mensagem da importância da
educação para a sua vida, fazendo-os encará-la como agente transformador, em um
âmbito maior, na comunidade onde vive.
Ao
analisarmos a história da educação, percebemos que um dos fatores que contribuem
para os baixos índices de aprendizagem é a evasão escolar, corrente desde os
primórdios da educação no país, tornando mais difícil a construção da base
educacional da nação, uma vez que grande parte da população não conta com um
modelo de educação efetivo que sirva de modelo para futuras
adaptações.
É
relevante ressaltar que o saber educacional, aquele que envolve a disciplina e o
intelecto do aluno é importante, para que ele tenha base em uma sociedade que o
pontua, seja nas provas da escola, do vestibular ou no alcance de metas em um
futuro emprego, mas é preciso também durante o processo de aprendizagem,
preparar esse aluno para saber se posicionar e analisar com maior profundidade e
tenha uma capacidade de opinar, julgar, que deve ser trabalhada ainda na escola,
preparando de fato, o cidadão para o futuro.
Saviani
conclui suas observações no livro Escola e Democracia (1987), que o ensino não é
somente pesquisa, onde o professor tem a função de estudar determinado tema e
transmitir aos seus alunos, mas sim um artifício que deve ser utilizado de
maneira inteligente, propondo atividades que permitam a resolução de problemas
através do questionamento deles, levantamento de hipóteses pertinentes e
experimentação, fazendo com que o aluno assuma a responsabilidade de sua própria
capacidade de pensar e de se posicionar perante os desafios da
vida.
Enquanto
os interesses educacionais não beneficiarem o povo, que verdadeiramente
necessita deles para melhorar sua situação perante a sociedade, a educação
brasileira não avançará, em termos de melhora qualitativa, pois as políticas
públicas para a educação nacional não visam outro alvo senão interesses
políticos, que buscam evitar qualquer reformulação que possam fazer o povo
prosperar, e prejudicar o poder.
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