Dando continuidade à discussão na interface Psicologia e Educação penso hoje um pouco mais sobre o BIOPODER que para Foucault trata-se de
"uma explosão de técnicas numerosas e diversas para obter a subjugação dos corpos e o controle de populações."
De acordo com os grupos interinstitucionais que discutem sobre educação e saúde dia a dia percebemos aumento na procura de serviços de psiquiatria e de médicos psiquiatras biologicistas para "tratar" questões de ordem escolar no que tange situações comportamentais e emocionais.
Crianças tidas como desadaptadas são encaminhadas ratificando uma lógica medicalizante.
Percebo que na contemporaneidade com a ampliação das tecnologias da informação e da comunicação o professor é instrumentalizado com novos conhecimentos porém a aplicação cotidiana disso faz com que se sinta incapaz de cumprir seu papel prioritário que é ensinar. O professor passa a ser cobrado por eficácia e eficiência dando cumprimento aos 'caprichos' capitalistas que exigem sempre efetividade. Muitas crianças com suas limitações não chegam a este patamar de aprendizagem e assim são considerados desadaptados. A lógica medicalizante surge aí diante do fato desta criança ser encaminhada para tratar sua limitação. Situação complicada na qual não há algoz e vítima entretanto há que ser revisitado e discutido para que possamos implementar uma prática que tenha olhos e ouvidos ao sujeito.
Até mais ...
Milla
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