Hoje quero falar um pouco da série da Netflix ...
Esta semana escutei muito sobre ela e também sobre o "jogo" Baleia Azul ... resolvi aproveitar o final de semana para assistir toda a série e poder, só então, pensar algo mais estruturado.
Bem, lembrei-me inicialmente dos estudos de Freud sobre pulsão de vida e pulsão de morte. Também sobre o princípio do prazer e princípio da realidade. Por fim e não menos importante pensei no conceito de Real para Lacan.
Neste transitar teórico em meio aos episódios percebi acima de tudo como a contemporaneidade vem impondo situações as quais alguns jovens têm tido muitas dificuldades de lidar. A saber, esta necessidade de felicidade eterna e sorrisos postados através de vários clicks compartilhados em redes sociais apontam para um mundo longe da realidade da vida que também se constitui de frustrações... neste sentido o prazer a qualquer custo leva incluir a casos de abuso sexual como mostrado na série como sendo um forte fator do "acting out" de Hanna.
Talvez eu não consiga hoje transpor em palavras tudo que borbulha em minha mente ... talvez eu precise elaborar um pouco mais...
Fico pensando no que já li da Eliane Brum, do Cortela, do Ponde e do Karnal ... de fato a série me fez pensar na minha clínica, quando escutei na última segunda de uma paciente que muitos jovens estão pensando em tirar a própria vida e que pais e escola nem imaginam sobre isso.
Como dirimir as melhores técnicas, as melhores práticas psicoterápicas? Fico a me questionar. O que até o momento consigo perceber é que a escuta a este sintoma mostra-se fundante e observar e estar aberto ao diálogo sobre suicídio tornou-se uma realidade neste momento. Até aqui parece que eu disse muito sem dizer quase nada posto a associação de ideias ser livre neste momento mas me prometo pensar mais e depois articular letras mais consistentes e estruturadas.
Até mais ...
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