sábado, 29 de junho de 2013

“II COLOQUIO NACIONAL e I COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E PROCESSOS TECNOLÓGICOS”.

“II COLOQUIO NACIONAL e I COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E PROCESSOS TECNOLÓGICOS” 

O citado evento será realizado em Salvador – Bahia, no Hotel Vilamar, situado na Av. Amaralina, 111, Amaralina, Salvador - Bahia, CEP 41900-020. 

Veja as informações abaixo retiradas  do site:http://www.uneb.br/conecte2013/

1-O período para submissão de trabalho será de 8 de abril a 12 de julho de 2013;
2-Cada participante poderá submeter até 2 trabalhos,  não importando se em autoria ou co-autoria;
3-Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail conecte2013@gmail.com;
4-Os trabalhos poderão ser apresentados em português ou espanhol;
5-Cada trabalho poderá ter no máximo 3 autores. Quando houver mais de um autor, apenas um será responsável pelo envio do trabalho, mas todos deverão se inscrever no evento e pagar a taxa de inscrição;
6-Os Eixos temáticos serão:
A- Educação, Currículo, Processos Tecnológicos e Contemporaneidade
B- Ensino Superior e Contemporaneidade
C- Educação Infantil e Contemporaneidade.

INSCREVA-SE NO SITE: http://www.uneb.br/conecte2013

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Passeata em Brasília contra o Ato Médico

Passeata em Brasília pede veto parcial do Ato Médico

Manifestação contou com a presença de representantes da Saúde e estudantes

ATOEm mais um dia de protestos contra o Projeto de Lei do Senado (PLS) 268/2002, conhecido como Ato Médico, profissionais da saúde e estudantes caminharam pacificamente nesta quinta-feira (27/6) do Museu Nacional da República em direção a Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto.
Os manifestantes pedem o veto do inciso 1º do art. 4º do PL, que estabelece o diagnóstico de doenças e a prescrição terapêutica como atividades privativas dos médicos, alegando que o dispositivo da forma que está diminui a autonomia das demais profissões da saúde. A passeata reuniu cerca de 100 pessoas, entre representantes da Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, Optometria, Serviço Social e estudantes.
Paralelamente à mobilização, a diretoria do Conselho Federal de Psicologia (CFP), juntamente com federações de profissionais e conselhos de movimentos em defesa da saúde, se reuniu com o ministro da Secretaria-Geral da presidência, Gilberto Carvalho, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para solicitar o veto parcial ao PL do Ato Médico à presidente Dilma Rousseff. A delegação foi composta por aproximadamente 30 profissionais.
O presidente do CFP, Humberto Verona, destacou, durante a audiência, que o Ato foto 2Médico, se aprovado, vai prejudicar três milhões de profissionais e que centraliza as decisões da saúde em um único profissional, o médico, e rompe com a prática nos locais de trabalho. “Pedimos o veto do art. 4º, inciso 1º, que trata do diagnóstico nosológico e prescrição terapêutica”, frisou. Outros representantes acreditam que o Ato Médico acabará com a autonomia das profissões, dos usuários e da atenção integral à saúde.
Os ministros se mostraram sensíveis à pauta, ouviram os argumentos expostos e se comprometeram a levar as considerações do grupo à presidente. Dilma tem até o dia 12 de julho para decidir sobre a sanção ou veto à proposta.
Mobilização já!
Após a reunião, Verona sinalizou que a mobilização dos médicos será grande nos próximos dias, mas que isso não irá inibir os manifestos dos outros profissionais que atuam na saúde. “Não ficaremos quietos esperando. Temos movimentos organizados em todo Brasil e vamos dar toda força e divulgação neles. Agora é a hora de manifestar”, disse.
Além de Brasília, ocorreram protestos contra o Ato Médico em São Paulo, Recife, Rio Grande do Sul, Goiânia, Belo Horizonte, Manaus e Espírito Santo.
Conselho Nacional de Saúde
O Ato Médico também foi pauta da reunião da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos do Conselho Nacional de Saúde (CNS) na tarde desta quinta-feira. Na oportunidade, Eliane Aparecida da Cruz, chefe de gabinete do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ouviu os argumentos de todas as profissões da saúde sobre o PL.
O conselheiro do CFP, Celso Tondin, afirmou que os argumentos contrários à proposta têm sido amplamente expostos há 10 anos. “Falta apenas que a presidente Dilma e o ministro da Saúde ouçam os apelos que vêm das ruas, levando em conta que nunca houve um consenso em relação à proposta, especialmente no que se refere a tornar privativo dos médicos o diagnóstico e a prescrição terapêutica”, finalizou.
A Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi) também esteve presente na reunião.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Boa Sorte, galera!!!


Oiê ...

Hoje o post é especial para os meus alunos!!!!

Galera como vocês sabem estou fora da cidade por motivos profissionais mas desejo a todos e todas Boa Sorte na prova!

Com carinho,
Milla




segunda-feira, 24 de junho de 2013

Olha a Chuva ... é mentiraaaa!!!!!!! Olha a cobra ...Uiiiii ....

Oiê ...

Em meio as tensões dos últimos dias é chegada a hora de acender a fogueira e aquecer os corações. Rojões e traques de massa certamente darão o tom de alegria às crianças que se encantam com o brilhar das estrelas no céu, com o cheiro de milho assado e com o riso no arrasta pé das quadrilhas! Que os festejos tenham este tom!

E para não deixar de lado os últimos acontecimentos pessoais um versinho para um alguém:

Mais uma vez o Fuxicando 
Entra no clima da festa nordestina
E desta vez diz: ANARIÊ!!!! 
OLHA A CHUVA LÁ NA ESQUINA!!! 

Eis, que mando um recadinho 'prum moço cheiroso' 
Traz o meu licor de presente 
Sabor de leite e bem gostoso

Tou esperando na sua volta
A história do vilão
Quero ver se vai ter tempo 
De me dar seu coração

Será que desta vez a Penélope
Vai conquistar o bonitão?

(kkk ... Até que ficou bom meu versinho!!!!)
Viva São João!!!!





sexta-feira, 21 de junho de 2013

"Dipiroka" ou "Benegay"? Homossexualidade é doença?

Oiê ...

Trago hoje a baila o fato de nos últimos dias a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara ter aprovado projeto que autoriza psicólogos a tratar homossexuais com o objetivo de curá-los, a chamada “cura gay”. Mais uma vez o "Fuxicando com Milla" entra em cena para demonstrar a indignação com algumas questões de ordem política e ideológica ...

Nas redes sociais vi a frase "Dipiroka" ou "Benegay"? Homossexualidade é doença? e fico a me perguntar de onde vem as questões contra a diversidade sexual.

Interessante pensar que em tempos de novas tecnologias, a dita era da informação vem trazendo na realidade situações enormes de intolerância. Gays são queimados, apanham em praça pública não são aceitos na sua diversidade. O que falta à nossa contemporaneidade? Fica a pergunta...

Gostaria de ressaltar os dois parágrafos da Resolução nº 001/1999 do Conselho Federal de Psicologia que estabelece no Parágrafo Único do seu Artigo 3º e no seu Artigo 4º que:

Art. 3° – Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica. 

Por fim, rendo loas à Maria do Rosário e Alexandre Padilha pelas afirmações abaixo:


“Quando o projeto fala em cura, ele considera os homossexuais como pessoas que estão doentes e não considera a diversidade sexual como um direito humano que deve ser respeitado. As pessoas têm a liberdade de serem como são, de acordo com a sua própria identidade. O básico é dizermos que o projeto é muito ruim e eu espero que ele não seja aprovado” 
Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

“Não é correto um projeto de lei querer estabelecer cura para aquilo que não é doença. Acredito que essa Casa, que fez a Constituição e o SUS [Sistema Único de Saúde], certamente (…) vai julgar que um projeto não pode estabelecer cura para aquilo que não é doença” 
Alexandre Padilha Ministro da Saúde

quinta-feira, 20 de junho de 2013

#VetaDilma! O ato médico ata-nos!


banner-ato-medico-ata-nos


Na calada da noite de terça-feira (18/6), o Senado Federal antecipou a ordem do dia e aplicou um duro golpe nos profissionais de saúde com a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 268/2002, que dispõe sobre o exercício da Medicina, conhecido como Ato Médico. O PL foi colocado na pauta pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, e pelo senador Romero Jucá, fruto de mais um acordo fechado com apoio da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
O orgulho da classe médica ao comemorar a aprovação do PL dentro do Plenário do Senado fere não somente a Psicologia, mas todo o paradigma de saúde que o Brasil conquistou na construção do Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecendo a ideia de que a saúde é uma construção multiprofissional, que envolve várias atividades.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) se manifesta, de maneira ainda mais incisiva, por meio da campanha lançada hoje, para que a presidente Dilma Rousseff vete o artigo que atribui ao médico a função do diagnóstico nosológico e da prescrição terapêutica, áreas nas quais não possui habilitação. A autarquia vai dispor de toda sua capacidade de articulação com o governo, entidades ligadas ao tema e sociedade civil para que esse projeto não siga adiante: O Ato Médico Ata-Nos #VetaDilma VETA!
Desde o início de sua tramitação, o CFP e diversas categorias da saúde pública no Brasil se mobilizaram pela não aprovação da matéria, que interfere no exercício de outras profissões da saúde. As ações mais recentes incluem um pedido, realizado em 13 de junho pelo Fórum dos Conselhos das Profissões da Área da Saúde (FCPAS), em reunião com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, sobre a reforma do artigo 4º – o qual estabelece que as competências privativas da atividade médica sejam limitadas à sua área de atuação, a fim de evitar a insegurança jurídica para as demais atividades de saúde.
É importante frisar que não há posicionamento contrário à regulamentação da Medicina. Os médicos podem e devem trabalhar para que a sociedade reconheça as competências específicas destes profissionais. No entanto, isto não pode ser feito em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde.
O PL pretende tornar privativo da classe médica todos os procedimentos de diagnóstico sobre doenças, indicação de tratamento e a realização de procedimentos invasivos e, ainda, a possibilidade de atestar as condições de saúde, desconsiderando a trajetória das demais profissões que constituem o cenário da saúde pública na ótica do SUS.
Igualmente, torna privativa do médico a chefia de serviços, indicando uma hierarquização que não corresponde aos princípios do trabalho multiprofissional que precisa ser construído na saúde. O PL coloca em evidência o interesse corporativista por reserva de mercado. Haja vista que teve origem na Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.627/2001, cujo texto elucida o tema.
O Ato Médico, além de prejudicar a autonomia de cada profissão, impede a organização de especialidades multiprofissionais em saúde. Milhões de usuários sabem os benefícios do SUS e reconhecem o valor de todos os profissionais no cotidiano das unidades de saúde. Hoje, uma série de políticas públicas de saúde, como Saúde Mental, Atenção Básica e outras oferecidas à população, contam com profissionais de várias áreas trabalhando de forma integrada e articulada. As equipes multidisciplinares definem em conjunto o diagnóstico e o tratamento, somando suas diversas visões de saúde e de doença para chegar à melhor intervenção. Os usuários não podem ser penalizados desta forma, perdendo esta possibilidade.
Desde que o Projeto de Lei do Ato Médico foi apresentado pela primeira vez no Senado Federal, em 2002, o CFP luta e se mobiliza para que o dispositivo não seja aprovado da forma como está, uma vez que restringe a atuação dos outros profissionais da área e cria uma hierarquização em detrimento da multidisciplinaridade consagrada pelo SUS.
Ao longo deste período, em conjunto com os Conselhos Regionais e outros conselhos da saúde, participou de inúmeras manifestações. Esse cenário constitui uma atuação histórica, destacada na defesa de temas de interesse coletivo e não corporativistas na área da saúde, como é o caso do PL do Ato Médico.
O CFP sempre esteve à frente das manifestações contra a aprovação desse Projeto de Lei, e permanecerá. Já reuniu milhares de pessoas em atos realizados, em conjunto com outras profissões da saúde, em diversas cidades e capitais brasileiras, promovidos constantemente desde 2004. As entidades da Psicologia continuarão em vigília e mobilizado os diversos atores para que o PL do Ato Médico seja vetado pela líder do Poder Executivo.
Vamos apelar para que a sanção da presidente Dilma Rousseff priorize o consenso das profissões da área da saúde, garantindo a regulamentação da medicina, a autonomia das demais profissões de saúde e, principalmente, a existência do SUS.
 CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
O Ato Médico não pode ser aprovado! Envie mensagem aos parlamentares e a presidenta solicitando #VetaDilma : http://www2.pol.org.br/main/manifesto_veta_dilma.cfm

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil em campo e nas ruas



Oiê ...

Brasil em campo, população na rua!!!!

Apresentação Brasil x México

De fato a democracia permite isso!!!! Já vi "caras pintadas", também gritei "fora Collor" e em 2013 pude ver  que a indignação pelas condições de saúde, educação e segurança principalmente estão sendo protestadas em sua qualidade à partir do fato do aumento no transporte público!!!!!

Bom fazer parte dessa massa que balança o som da praça não apenas atrás do trio elétrico!!!!!
Vamos lá Brasil!!!!

#ogiganteacordou




PL sobre Psicologia na Educação Básica

Oiê ...

Mais uma vez não é de surpreender que algumas situações na interface da saúde e educação deixem os meus cabelos em pé!!!!
Há algum tempo estamos discutindo no espaço acadêmico a necessidade de maior atuação da Psicologia e da Assistência Social no âmbito da educação pública e hoje às 10 horas mais uma vez a Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados cancelou a votação do Projeto de Lei, que "prevê a inserção de psicólogas (os) e assistentes sociais na rede pública de educação básica".
Em meio aos protestos e certamente com a cara pintada de verde e amarelo deixo aqui meu protesto quanto a tal decisão visto que por ter trabalhado de 2008 à 2012 na Secretaria Municipal de Educação de Salvador sei da necessidade de intervenção destas especialidades ... Enfim, continuemos na luta!!!!
Abaixo segue na íntegra uma notícia do site do CFP acerca do fato:
A Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados cancelou novamente a votação do Projeto de Lei (PL) 3.688/2000, que prevê a inserção de psicólogas (os) e assistentes sociais na rede pública de educação básica. A sessão estava prevista para começar às 10h dessa quarta-feira (19/6) e, após o ocorrido, estudantes, assistentes sociais e psicólogas (os) fizeram uma marcha dentro da Casa. Houve reação entre os manifestantes e a segurança impediu parte do público que assistiria à audiência de entrar no prédio para protestar.
Membros da Comissão alegam que a votação foi cancelada por falta de quórum. Os representantes da Psicologia e Serviço Social fazem pressão para que o PL seja aprovado, enquanto o governo tem se mostrado contrário a entrada desses profissionais na rede pública de ensino.
O PL prevê que psicólogos e assistentes sociais atuem na rede pública de educação básica como profissionais em conjunto com gestores, professores, outros trabalhadores e membros da comunidade escolar, trabalhando na implantação de projetos pedagógicos, pela melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem e na mediação das relações sociais e institucionais.
CFPNa última audiência pública para discutir o assunto, ocorrida na semana passada, o conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Celso Tondin, apontou que a inserção de equipes multidisciplinares nas redes públicas melhorará o processo de ensino-aprendizagem, por intermédio da comunidade escolar. “Não se trata de trabalhar de forma clínica, como faz a saúde, mas de atuar com demandas escolares no âmbito da educação. Não há como dizer que esse trabalho já existe, porque a saúde faz um trabalho e a assistência social outro”, explicou.
Já a conselheira do Conselho Federal de Serviço Social (Cfess), Elisa Braga, ressaltou a importância do papel da assistência social na rede de ensino básico. “Nossa presença garantirá uma gestão democrática incluindo todos os envolvidos com o tema na defesa de uma educação de qualidade com cidadania e direito à diversidade”, disse.
O PL conta com o parecer favorável da deputada Keiko Ota (PSB-SP), além de manifestações favoráveis dos deputados Stepan Nercessian (PPS-RJ), Jean Wyllys (PSOL-RJ), Eurico Júnior (PV-RJ) e da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), membros da CE. No começo de maio, o projeto teve pedido de vistas feito pelo deputado Alex Canziani (PTB/PR). O parlamentar se disse favorável à proposta, mas pediu um prazo para analisar melhor o dispositivo.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Autismo e Psicanálise

Oiê...


Hoje estava assistindo um programa de tv e fiquei incomodada mais uma vez com o fato de algumas pessoas leigas na Teoria Psicanalítica continuarem deturpando o olhar da Psicanálise acerca do autismo ... Falar da tese um dia colocada pelo Bruno Bettelheim da mãe geladeira é uma incompreensão teórica do que se fala. A Psicanálise baseia-se na ideia de em estruturação psíquica algo focal nesta teoria e considerando que o inconsciente para Lacan se estrutura enquanto linguagem o que falamos é em relações inconscientes as quais regidas por desejos dentre outros mecanismos confluem para uma estruturação da ordem neurótica, psicótica e perversa.

Tendo em vista a continuação de exclusão do olhar psicanalítico para o fenômeno do autismo alguns órgãos vem tentando excluir a abordagem de atuar nestes casos o que fez com que estudiosos renomados construíssem um manifesto com vistas em reparar o equívoco.

Segue o mesmo abaixo apesar de já ter sido aqui publicado em Abril para que novamente possamos abrir as discussões.

Manifesto do Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública

Diante de tentativas recentes de excluir as práticas psicanalíticas de políticas públicas para o atendimento da pessoa com autismo, os profissionais de Saúde Mental, associados ao Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública vêm a público para afirmar seus princípios de ação e sua posição ética frente ao atendimento de pessoas com autismo e suas famílias. 

1. O Movimento considera que as famílias das pessoas com autismo 
devem ter o direito de escolher as abordagens de tratamento para 
seus filhos (em consonância com a portaria nº 1.820 do Ministério da Saúde, de 13 de agosto de 2009). 
2. O Movimento considera fundamental acompanhar e acolher a família, considerando-a como parceira fundamental no tratamento. 
3. O Movimento apoia e recomenda vivamente a pluralidade, a diversidade e o debate, científico e metodológico, das abordagens de tratamento da pessoa com autismo, e também dos critérios diagnósticos empregados em suas avaliações. 
4. O Movimento considera fundamental que o tratamento e a educação de pessoas com autismo levem em conta a singularidade do 
sofrimento da pessoa com autismo e de sua família. 
5. O Movimento considera que o principal objetivo do tratamento da pessoa com autismo é o estabelecimento de seu vínculo com os 
outros, ponto sobre o qual há consenso entre todas as abordagens de tratamento. 
6. O Movimento sustenta a inclusão de crianças com autismo em escolas regulares sempre que possível (e como opção prioritária), contando com uma rede de apoio interdisciplinar e intersetorial; a estruturação dessa rede implica a construção de um projeto educacional visando à aprendizagem da criança, na medida de suas possibilidades, bem como sua integração às atividades escolares. 
Diante da importância de tratar e educar crianças e adultos com autismo de uma perspectiva que leve em conta a singularidade de seu sofrimento e de sua família, o Movimento propõe a adoção, em políticas públicas, das seguintes medidas: 
1. Ampliação do campo da detecção e da intervenção precoces diante de sinais de risco para o desenvolvimento infantil nos equipamentos públicos de saúde, educação e assistência social. 
2. Investimento na formação e capacitação de profissionais e na disseminação de conhecimentos, instrumentos e estratégias clínicas de detecção e intervenção precoce, com ênfase na atenção primária de saúde. 
3. Fortalecimento, nos serviços de saúde e educação, de perspectivas de atendimento que levem em conta a singularidade, ou a subjetividade da pessoa com autismo, por meio da atenção a suas manifestações próprias.
4. Fortalecimento, nos serviços de saúde e educação, de perspectivas de atendimento que levem em conta a importância do estabelecimento do vínculo da pessoa com autismo com os outros. 
5. Disseminação dos conhecimentos a respeito da multicausalidade do autismo e ampliação do debate sobre a prevalência do diagnóstico em exames laboratoriais e de seu tratamento medicamentoso, denunciando a criação de falsas epidemias (como a multiplicação do diagnóstico de autismo na atualidade). 
6. Preservação, sem exclusão de nenhuma delas, das quatro dimensões que devem estar igualmente presentes no atendimento da pessoa com autismo: física (orgânica), mental (psíquica), social (relativa à cidadania) e temporal (a perspectiva do desenvolvimento). 
7. Adoção de projetos terapêuticos singulares (PTS), bem como o acolhimento e o acompanhamento implicados (formulados pelo Ministério da Saúde em 2005). 
8. Apoio à implementação efetiva da Linha de Cuidado para Atenção às Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde.
9. Sustentação e ampliação de redes intersetoriais e interdisciplinares de tratamento (com a presença dos setores da Saúde, da Educação, da Assistência Social, do Direito e da Justiça) que considerem as diferenças territoriais e locais, bem como a sustentação de projetos particulares e inovadores que vêm surgindo a partir delas. O objetivo principal deste Movimento é o de tonar mais presente a Psicanálise, dadas as evidências de que suas práticas podem contribuir para a promoção da melhora da qualidade de vida da pessoa com autismo e de seus familiares. 

O Movimento considera que a presença da Psicanálise nas instituições públicas de saúde e educação, nas instituições não governamentais, no setor privado, nas universidades, a acolhida da população em geral, bem como o apoio dado a ela pelos órgãos de fomento nacionais e internacionais de pesquisa, há mais de 70 anos, são manifestações de seu reconhecimento pela comunidade científica e pela sociedade em geral.  

Instituições participantes 

Universidades: 
FEUSP (professores: Leny Mrech, Rinaldo Voltolini, Leda Bernardino) 
FMUSP (professor Wagner Ranna) 
Grupo de estudo sobre a criança (e sua linguagem) na clínica psicanalítica - 
GECLIPS/UFUMG 
IPUSP (professores Cristina Kupfer, Christian Dunker, Rogerio Lerner) 
PUC /RJ (professora Beatriz Souza Lyma) 
Psicologia PUC /SP (professores (Silvana Rabello, Isabel Khan) Fono PUC/SP (professores Claudia Cunha, Luiz Augusto P. Souza, Regina Freire) 
UERJ (professor Luciano Elia) 
UFBA - ambulatório infanto-juvenil da Residência em Psicologia Clínica e Saúde 
Mental do Hospital Juliano Moreira/UFBA-SESAB (professora Andréa Fernandes)
UFMG (professora Angela Vorcaro) 
Laboratório de Estudos Clínicos da PUC Minas (professora Suzana Faleiro Barroso).
UFPE (professora Joana Bandeira de Melo) 
UFRJ (professora Ana Beatriz Freire) 
UFSM (professora Ana Paula Ramos) 
UnB (professores Izabel Tafuri, Marilucia Picanço) 
Unesp Bauru (professores Edson Casto, Erico B. Viana, Cristiane Carrijo) 
UNICAMP (Nina Leite) 
Univ. Católica de Brasília (professora Sandra Francesca) 
Setor de Saúde Mental do Departamento de Pediatria da UNIFESP 
Centro de Referência da Infância e da Adolescência - CRIA/UNIFESP 
DERDIC/PUCSP (professores Sandra Pavone, Yone Rafaele, Lucia Arantes e Carina 
Faria)
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG) (professora Paula 
Pimenta) 

Instituições de Psicanálise 
ALEPH - Escola de Psicanálise 
Associação Psicanalítica de Porto Alegre -APPOA 
Associação Psicanalítica de Curitiba- APC
Círculo Psicanalítico MG 
Círculo Psicanalítico de Pernambuco CPP 
EBP/SP (escola brasileira de psicanálise) 
EBP/MG (escola brasileira de psicanálise) 
EBP/RJ (escola brasileira de psicanálise) 
Escola Letra Freudiana 
Espaço Moebius/BA 
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano - Brasil (EPFCL-Brasil) 
Fórum do Campo Lacaniano - São Paulo (FCL-SP) 
GEP - Grupo de Estudos de Psicanálise de Campinas 
IEPSI 
Instituto APPOA 
Instituto da Família – IFA/SP 
IPB - Intersecção Psicanalítica do Brasil/NEPP 
Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (SEDES) 
Departamento de Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (SEDES) 
Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sapientiae (SEDES) 
Espaço Potencial Winnicott do Depto. Psicanálise da Criança do Instituto Sedes 
Sapientiae (SEDES) 
Curso de Psicossomática Psicanalítica do Instituto Sedes Sapientiae (SEDES) 
Núcleo de Investigação Clínica Hans da Escola Letra Freudiana 
Sigmund Freud Associação Psicanalítica/RS Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) 
NEPPC/SP 

Centros de atendimentos não governamentais 
Ateliê Espaço Terapêutico/RJ 
Attenda/SP 
Centro de Atendimento e Inclusão Social CAIS/MG 
Centro de Atendimento Psicanalítico da SBPSP
Carretel - Clínica Interdisciplinar do Laço/SP 
Carrossel/BA 
Centro da Infância e Adolescência Maud Mannoni CIAMM 
CERSAMI de Betim 
Centro de Estudos, Pesquisa e Atendimento Global da Infância e Adolescência - 
CEPAGIA/Brasília/DF 
Clínica Interdisciplinar Mauro Spinelli/SP 
Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem de Recife - CPPL 
Escola Trilha 
ENFF 
Espaço Escuta de Londrina 
Espaço Palavra/SP 
GEP-Campinas 
GLUBE/SP 
Grupo Laço/SP 
Grupo de Pesquisa CURUMIM do Instituto de Clínica Psicanalítica/RJ 
Incere 
Instituto de Estudo da Família INEF 
Instituto Langage 
Instituto Viva Infância 
LEPH/MG 
Lugar de Vida – Centro de Educação Terapêutica 
Centro Lydia Coriat de Porto Alegre 
NIIPI/BA 
NINAR – Núcleo de Estudos Psicanalíticos 
NÓS – Equipe de Acompanhamento Terapêutico 
Projetos Terapêuticos/SP 
Trapézio/SP 
Associação Espaço Vivo/RJ

Centros de atendimentos do governo 
Caps Pequeno Hans/RJ 
Capsi Guarulhos/SP 
Capsi Ipiranga/SP 
Capsi Lapa/SP 
Capsi Mauricio de Sousa/Pinel-RJCapsi Mooca/SP 
CAPSI Taboão/SP 
CAPSI de Vitória 
CARM/UFRJ 
NASF Brasilândia/SP 
NASF Guarani/SP 
UBS Humberto Pasquale/SP 
Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica - COMPP/SES-DF
Capsi COMPP/SES-DF
Capsi Campina Brande/PB

Associações 
ABEBÊ – Associação Brasileira de Estudos sobre o Bebê. 
ABENEPI/Maceió 
ABENEPI/RJ 
ABENEPI/BSB 
Associação Metroviária do Excepcional AME 
Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental 
CRP/SP (conselho regional de psicologia) 

Hospitais 
Centro Psíquico da Adolescência e Infância da Fundação Hospitalar do Estado 
de Minas Gerais (CePAI/FHEMIG)
CISAM/UPE - Centro Integrado de Saúde Amauri de Medeiros – Universidade de 
Pernambuco 
HCB(Hospital da Criança de Brasília) 
Serviço de psicossomática e saúde mental do Hospital Barão de Lucena - HBL/ Recife 
Hospital Einstein 
IEP/HSC Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Santa Catarina 
Hospital Pinel 
Hospital das Clínicas – Universidade de Pernambuco

Revista 
Revista Mente e Cérebro 
Grupo de pesquisa 
PREAUT BRASIL 
Grupo de pesquisa IRDI nas creches 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Calendário do Fórum de Medicalização - Bahia


Oiê ...

Núcleo Bahia do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade divulgou os temas que serão discutidos no próximos encontro do grupo de estudos.

Segue abaixo:



SÁBADOS (8 – 10 HS)

15/ 06
Os Robôs não nos invejam mais
(disponível em:http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/10/os-robos-nao-nos-invejam-mais.html)
20/07
A Biologização da vida e algumas implicações do discurso médico sobre a educação
03/08
Preconceitos no Cotidiano Escolar: a medicalização do processo ensino-aprendizagem
14/09
Dislexia e TDAH: Uma análise a partir da ciência médica
19/10
Dislexia ou processo de aquisição da escrita?
09/11
Normalidade, risco e controle social
14/12
Recomendações de práticas não medicalizantes em Educação e Saúde


Serão emitidos certificados das atividades para aqueles que tiverem pelo menos 75% de participação.

Os textos serão disponibilizados aos participantes para cópia.

Após o grupo de estudos, teremos as reuniões do Núcleo Bahia do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade

VAGAS LIMITADAS!

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA: SALA IGUAPE
Avenida Reitor Miguel Calmon s/n - Campus Canela

domingo, 16 de junho de 2013

Há cura para educação?




"Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura"

Assistindo hoje na tv aberta um programa dominical vi Lulu Santos cantando seus maiores sucessos ... me detive no trecho acima a pensar sobre "a cura" para todo o mal da educação ...

Sobre esse mal penso na maneira por vezes equivocada de ensinar ... ato no qual esta pautada uma tradição centrada num olhar de mestria destituindo os pré-saberes ... ou ainda numa tradição adultocentrica na qual as experiências irredutíveis não são consideradas ... Terá algum dia cura para esta educação? Terá o professor espaço para (re)significar sua práxis?

Me vejo mais uma teórica do que uma prática da educação, penso, penso muito e não me vejo diferente!!! Quero fazer, quero ser ... ser diferente na crença de que é na educação que esta a cura ... na educação que me curo!!! Me curo da ignorância, do minimalismo, da razoalidade ... Assim sou, assim me constituo!!!!

sábado, 15 de junho de 2013

Educação brincante e significativa

Oiê ...


Hoje gostaria de pensar sobre os modelos de educação que estão sendo implementados no nível superior. Conforme já exposto em outros posts sou além de Psicóloga e Psicopedagoga Clínica, professora de Psicologia em cursos de graduação plena e pós graduação ... Neste sentido costumo dizer aos alunos que o meu compromisso é com a aprendizagem e mais do que "professora" - que por vezes apenas passa conteúdos - gosto de me colocar como EDUCADORA que vejo como estando para além da ensinagem tradicional. 

Seria apenas uma questão léxica ou também de atitude frente ao saber? Me pegunto ....

Dia a dia nas itinerâncias acadêmicas venho percebendo currículos engessados e as tentativas de mudança sobre isso não passam de cumprimento de prerrogativas ministeriais as quais sinceramente por vezes não vejo sentido. Para que pedir trabalhos interdisciplinares se os currículos são encaixotados e etapistas? De maneira geral o modelo de educação superior ao qual tenho acesso apresenta uma conformação ainda da escola antiga, com pouca elasticidade e pouquíssima (multi)referencialidade. 

O meu savoir faire

Criticar no vazio torna-se fácil e deste modo venho trabalhando na educação transversalizada na sala de aula. 

                     Isso eu faço com muito orgulho! É a minha maneira de fazer a diferença!!!

Além de Psicologia Organizacional, falamos de trabalho, experiências cotidianas, poesia e coisas da vida pois, esta é que de fato é real!

Numa intimidade extremamente respeitosa fazemos trocas fundantes e vejo na teoria de Emília Ferreiro sentido para o meu educar quando tal autora fala de aprendizagem. Vale ressaltar que apesar de Ferreiro falar com foco na alfabetização por conta da sua formação em linguística aqui extrapolo sua teoria ampliando o olhar para a educação superior.

"O aprendizado não é provocado pela escola, mas pela própria mente das crianças e, portanto, elas já chegam a seu primeiro dia de aula com uma bagagem de conhecimentos".

Considerando a premissa 'ferreiriana' acima costumo dizer aos meus alunos que respeito o pré saber deles, que os mesmos não são tábulas rasas ou lousas em branco e desta maneira vamos fazendo a nossa costura num fuxico colorido e singular.

Diante da tantas inquietações que não irão se esgotar neste breve escrito destaco que hoje tive o prazer de escutá-los no trabalho de conclusão do semestre e tenho que parabenizar a todos pelo empenho em aprender, em trocar, em errar e acertar numa aprendizagem brincante.

Sob o tema geral Responsabilidade Social cada grupo do seu jeito, com a sua cara apresentou os resultados da pesquisa do semestre e me dou por satisfeita em saber que ali tem um pouco de mim e que em mim fica um pouco de cada um deles. Eu também aprendo!!!!

Obrigada galera pela troca num sábado chuvoso que para mim teve cheiro de quase fim!!!

Abaixo alguns registros do momento:




   

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Fórum de Medicalização - Núcleo Bahia




Prezados,

O Núcleo Bahia do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade vem, pelo presente, convidá-lo para participar da terceira reunião do Núcleo no ano de 2013.

DATA: 15 de Junho (sábado)
LOCAL: Sala Iguape (1º andar) - Faculdade de Educação da UFBA (FACED), à avenida Reitor Miguel Calmon, s/n, Vale do Canela, Salvador-BA.
HORÁRIO: 10:00h

Pauta da reunião:
1. Informes:
Grupo de estudos sobre Medicalização
III Seminário Internacional Educação Medicalizada: Reconhecer e acolher as diferenças
Lançamento do grupo de pesquisa EPIS

 2. Leitura e discussão sobre o PL 7081/2010 - dispõe sobre o diagnóstico e o tratamento da dislexia e do Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade na educação básica".

3. Participação do Núcleo Bahia na mobilização de “Dois de Julho”

4. Encaminhamentos:
4.1 – Divulgação do III Seminário Internacional Educação Medicalizada: Reconhecer e acolher as diferenças
4.2- Entrega da carta aos políticos
4.3 – Mapeamentos dos projetos de lei na esfera municipal e estadual com teor Medicalizante
4.4 – Organização da participação na mobilização de “Dois de Julho” em 2013

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Fórum sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade
Núcleo Bahia