terça-feira, 9 de julho de 2013

Psicopedagogia e o apoio na escrita da monografia

Oiê ...


A construção da monografia seja de conclusão da graduação ou da especialização é um momento no qual muitos alunos acabam por apresentar dificuldades transitórias no processo de escrita ... não vou me deter aqui em falar das monografias e teses de mestrado e doutorado, respectivamente, por acreditar que o processo nestes dois acontece, de maneira geral, mais amadurecido e é realizado de forma continuada e sistemática ao longo da pesquisa e das qualificações que são parte da estrutura curricular deles ... 

O pânico da folha vazia faz com que alguns alunos digam 'não sai nada', 'não consigo escrever' ou ainda 'deu branco' ... este último chamo de 'efeito Omo' ... aquele branco total!!! Eis que isso é um processo um tanto natural quando estamos sob efeito da pressão dos prazos da escrita ... porém, há que se observar melhor o fenômeno pois, por vezes alguns destes alunos não conseguem se desvencilhar do 'aprisionamento das letras' e até pensam em desistir da produção. 

É nesta hora que há uma necessidade de intervenção clínica - ao meu ver de cunho psicológico/psicopedagógico - pois, devemos lembrar que a leitura psicanalítica pontua que o confronto com algumas situações subjetivas remete o sujeito à angústia de castração. Deste modo se considerarmos o axioma lacaniano que "o inconsciente se estrutura enquanto linguagem" e ponderando que o sujeito neste momento claudica na letra escrita temos que compreender melhor os processos subjetivos que estão envolvidos no ato de escrever, neste branco, neste pavor da folha vazia...que vazio é esse?

A experiência clínica aponta que a porta de entrada na clínica é o sintoma trazido como um simples não conseguir escrever a monografia mas ao longo dos atendimentos conseguimos articular outras coisas que passam a ser significantes e as redes vão se fazendo o aprisionar vai a cada dia sumindo e com o manejo adequado conseguimos chegar no que fazia de fato o sujeito claudicar. Podemos considerar que não há cura e sim deslocamento sintomático entretanto o sujeito passa a ser protagonista da sua inscrição e da sua escritura.

Quem quiser dar mais um ponto nesta costura, sinta-se à vontade!!! 

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