Trago hoje a baila o fato de nos últimos dias a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara ter aprovado projeto que autoriza psicólogos a tratar homossexuais com o objetivo de curá-los, a chamada “cura gay”. Mais uma vez o "Fuxicando com Milla" entra em cena para demonstrar a indignação com algumas questões de ordem política e ideológica ...
Nas redes sociais vi a frase "Dipiroka" ou "Benegay"? Homossexualidade é doença? e fico a me perguntar de onde vem as questões contra a diversidade sexual.
Interessante pensar que em tempos de novas tecnologias, a dita era da informação vem trazendo na realidade situações enormes de intolerância. Gays são queimados, apanham em praça pública não são aceitos na sua diversidade. O que falta à nossa contemporaneidade? Fica a pergunta...
Gostaria de ressaltar os dois parágrafos da Resolução nº 001/1999 do Conselho Federal de Psicologia que estabelece no Parágrafo Único do seu Artigo 3º e no seu Artigo 4º que:
Art. 3° – Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Por fim, rendo loas à Maria do Rosário e Alexandre Padilha pelas afirmações abaixo:
“Quando o projeto fala em cura, ele considera os homossexuais como pessoas que estão doentes e não considera a diversidade sexual como um direito humano que deve ser respeitado. As pessoas têm a liberdade de serem como são, de acordo com a sua própria identidade. O básico é dizermos que o projeto é muito ruim e eu espero que ele não seja aprovado”
Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
“Não é correto um projeto de lei querer estabelecer cura para aquilo que não é doença. Acredito que essa Casa, que fez a Constituição e o SUS [Sistema Único de Saúde], certamente (…) vai julgar que um projeto não pode estabelecer cura para aquilo que não é doença”
Alexandre Padilha Ministro da Saúde
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