quarta-feira, 15 de maio de 2013

Fuxicando sobre decisão do CNJ



Oiê ...

Hoje queria postar sobre uma notícia que vi hoje no site do UOL .... Faz algum tempo que o tema União Homoafetiva e casamento Gay esta em voga ... acho muito interessante pensar sobre isso pois, na clínica psicopedagógica tenho percebido que alguns pais vem pensando sobre o filho "ser gay" e tenho escutado muitas perguntas sobre isso ....

Às vezes as perguntas vem pois as crianças estão na educação infantil brinacando com todos os brinquedos que lhes é oferecido, ainda sem distinção de "isso é de menino" ou ainda "isso é de menina" ... especialmente os pais ficam muito inquietos com seus "machinhos" a brincar de panelinha, bonecas etc etc ...

Bem, o que tenho a dizer sobre isso é que as crianças passam por fazes do desenvolvimento em que na brincadeira elas podem expressar a forma como percebem o mundo ... de maneira geral através desta projeção no brincar percebemos muitas questões inclusive a Hora Lúdica é um momento terapêutico bem importante ... utilizo bastante tal técnica nos meus psicodiagnósticos ... enfim, tenhamos discernimento de "alhos e bugalhos" brincar de panelinha não quer dizer que necessariamente um menino será gay ou ainda que jogar bola terá a menina uma condição homossexual ...

Por fim, segue abaixo a reportagem da qual falei que penso ser uma decisão que irá mudar o olhar que temos sobre as uniões de pessoas do mesmo sexo ... Afinal, concordo com Milton Nascimento quando ele diz na música Paula e Bebeto:

"Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar"



Entenda o casamento gay em cartório


Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução nesta terça-feira (14).
Ato obriga cartórios a realizar qualquer tipo de união homossexual no país.

Rosanne D'AgostinoDo G1, em São Paulo

O que é
O Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle externo das atividades do Poder Judiciário, obrigou todos os cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Como é hoje
Não há uma legislação permitindo o casamento gay no Brasil. Hoje, os casais são amparados pela decisão do STF, que equiparou a união estável à dos casais heterossexuais, o que permitiria sacramentar uniões entre pessoas do mesmo sexo em cartório.
Motivo
Na prática, muitos cartórios continuavam negando o pedido dos casais alegando ausência de lei, mesmo após o entendimento do STF. Por isso, alguns Tribunais de Justiça, a quem estão subordinados, começaram a obrigar os cartórios a realizar as uniões, por meio de provimentos (instruções administrativas).
Brecha O que muda
Como os provimentos foram feitos somente em 12 estados e no DF, o CNJ decidiu fazer uma regra nacional. Agora, qualquer cartório é obrigado a realizar uniões estáveis, conversão de união em casamento civil e ainda o casamento civil, o que valerá a partir da publicação da resolução no Diário de Justiça.
Como a resolução não tem força de lei, ainda há a possibilidade de que cartórios continuem a se negar a realizar as uniões. O STF, no julgamento da causa, recomendou ao Congresso Nacional que aprovasse a legislação, mas o projeto de lei da senadora Marta Suplicy (PT-SP), prevendo os mesmos direitos de união aos casais homossexuais, foi encaminhado à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) do Senado em junho do ano passado. Desde então, aguarda análise. Além disso, a resolução ainda poderá ser questionada por mandado de segurança no Supremo.
União estável x casamento civil
Existem diferenças na formação, na extinção e no caso de morte de um dos companheiros.
Casamento
União estável
Início: é uma união formal, feita apenas por um juiz de paz ou de direito e gera uma certidão de casamento no registro, tornando as pessoas casadas no papel.
Início: é uma união duradoura, pública e contínua. Basta morar junto ou, morando separado, ter a intenção de formar uma família. Pode ser formalizada em um contrato no tabelionato de notas.
Estado civil: casados. São cônjuges para efeito do Código Civil e podem adotar o nome do outro.
Estado civil: continua solteiro, viúvo, divorciado.
Direitos: durante a relação são os mesmos estabelecidos no Código Civil, como plano de saúde, seguros de vida, pensão alimentícia e divisão dos bens adquiridos em caso de rompimento.
Separação e divórcio: são formais e realizados perante o Poder Judiciário ou com registro em cartório, se não há filhos.
Separação e divórcio: basta interromper a união, um dos companheiros sair de casa, por exemplo.
Morte: o companheiro fica em igualdade de condições com outros parentes, como os filhos exclusivos do outro cônjuge, na divisão da herança.
Morte: tem direito aos bens adquiridos durante a união, mas pode ter de recorrer à Justiça.
Judiciário x Legislativo
A polêmica sobre as uniões homossexuais chegou ao Supremo depois que muitos casais recorreram à Justiça para equiparar suas uniões às de casais heterossexuais, para dividir bens e adotar filhos, por exemplo. Na ausência de uma lei, o Judiciário vinha decidindo caso a caso, até que a Corte tomou a decisão final.

Como não cabe ao Poder Judiciário legislar, muitos cartórios podem rejeitando aplicá-la. Segundo o presidente do CNJ, seria "contrassenso" esperar o Congresso. Por isso, a resolução foi aprovada por 14 a 1.

2 comentários:

  1. Se o casamento igualitario foi por fim votado apesar dos âmbitos os mais reaccionários da França, da para esperar que que isso aconteça também no Brasil, cuja legislação se revelou mais avançada em varios assuntos!

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  2. Olá Thamy! bom ter você aqui no blog!!!
    Sobre seu comentário lembre-se que aqui no Brasil por vezes as coisas apenas parecem ser avançadas mas muitas cabeças ainda continuam na idade da "pedra lascada" ... Obrigada por você colocar mais um fuxico nesta colcha!!!

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