sábado, 10 de agosto de 2013

#Mantenhamoveto

Ato Médico

Profissionais da saúde fazem manifesto em defesa dos vetos da Dilma

CFP














As palavras de ordem “Congresso, presta atenção! Manter o veto é saúde pra nação” e “Dilma vetou, a saúde gostou” deram o tom da manifestação que reuniu mais de mil pessoas nesta terça-feira (6/8) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Profissionais de 13 áreas da saúde, usuários e estudantes solicitam aos parlamentares a manutenção do veto à Lei 12.842/2013, que regulamenta a atividade médica no País, conhecida por Ato Médico.
O grupo se concentrou em frente à Biblioteca Nacional e fez uma caminhada rumo ao Congresso Nacional portando faixas e cartazes em defesa dos vetos presidenciais ao Ato Médico. “Juntas, as profissões têm força e podem conseguir a manutenção e um direito que é de todas (os) profissionais e da sociedade”, alegavam os manifestantes.
Durante a manifestação, a conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Cynthia Ciarallo, frisou que a saúde não pode ser restrita a um único campo de conhecimento ou área profissional. “Sem os vetos, a saúde perde e compromete o SUS [Sistema Único de Saúde]”, disse.
Já o conselheiro do CFP, Celso Tondin, ressaltou que os vetos presidenciais demonstram que nunca houve consenso entre os profissionais da saúde. “O Congresso precisa rever sua posição e manter o veto. Trata-se de uma forma de garantir a integralidade da atenção à saúde”, defendeu.
A coordenadora do Fórum das Entidades Nacionais dos Trabalhadores da área da Saúde (Fentas), Eurídice Ferreira, ressaltou a importância da unidade das profissões de saúde na luta pela manutenção do veto. “A manutenção dos vetos congregou todas as profissões de saúde sob a cobertura do Fentas. Temos pessoas do país inteiro pedindo que o Congresso faça seu exercício e mantenha o que o povo está pedindo: uma saúde de qualidade”, frisou.
Eurídice lembrou, ainda, que as outras profissões não estão contra os médicos, mas que também são profissionais de saúde e merecem ter seu espaço conquistado.  “A luta é em favor da saúde pública, para que possamos chegar ao objetivo da saúde preventiva. Sabemos que o trabalho no SUS é multiprofissional”, enfatizou.
O integrante da Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia (Conep), Thiago Ribeiro, afirmou que os vetos demonstram a importância do movimento, e destacou que a luta não pode parar. “Temos que continuar fortalecendo o movimento, pois queríamos o veto completo do PL, e agora temos que buscar o resgate possível dos retrocessos na área da Saúde”, considerou.
CFP













Marcelo Sidney Gonçalves, do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito), lembra que o projeto desconstruiu a autonomia conquistada pelas 13 profissões ao longo de várias décadas. “Se os vetos não forem mantidos a medicina tomará conta de todo o procedimento da saúde. As outras profissões avaliam se há ou não a patologia, portanto, a prevenção é o primeiro caminho para a melhoria da saúde da população”, completou Ricardo Bretas, presidente do Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria (CBOO).
Vigília
Ao final da manifestação as entidades presentes convidaram os participantes a participar de uma vigília em frente ao Congresso Nacional, no dia 20, data em que o Ato Médico pode ser votado.  Na ocasião, todos (as) devem vestir roupas brancas e pretas: cores da luta e da saúde.
Os profissionais da saúde também chamaram todas (os) a formarem grupos e parcerias para ocupar gabinetes dos parlamentares e exigir que mantenham o veto ao Ato Médico.

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